Em democracia, o voto é a voz do povo. É importante que, em cada eleição, esteja disponível para fazer escolhas, mas tratando-se de um momento de particular exigência como o que vivemos, ir votar torna-se impreterível.

A desculpa de que as pessoas estão fartas, decepcionadas ou desencantadas com a política e com os políticos não serve para fugir às responsabilidades. Estas eleições acontecem num tempo especialmente difícil, onde em que estamos a recuperar de uma pandemia, sendo necessário que o país tenha, de uma vez por todas, estabilidade política, sem tempo para experimentalismos. Por isso, é importante que cada um manifeste, pelo voto, quem considera estar em melhores condições para dar seguimento a este período de recuperação.

Por muita desilusão que sinta, lembre-se que, na democracia, o momento do voto é o mais nobre de todos os momentos. Pode até estar descontente com os partidos, mas não há democracia sem partidos. Se quer melhorar o funcionamento da democracia e dos partidos, participe na vida partidária, nunca se esquecendo de votar. Recorde-se sempre que a alternativa à democracia são as ditaduras e o totalitarismo, de todo indesejáveis.

Abster-se é demitir-se dos seus direitos, é criticar sem contribuir para a solução.

Como disse um dia o ex-primeiro-ministro britânico, Winston Churchill, “a democracia é o pior de todos os sistemas, à excepção de todos os outros”.