A União Cultural e Recreativa de Boim assinou um protocolo com a Escolinha do Figo. O objectivo é oferecer aos amantes do desporto rei formação futebolística assente em dois pilares: qualidade e inovação, diz a instituição desportiva lousadense.

A Escolinha do Figo nasceu em 2009, através da plataforma digital Dream Football, mas em 2011 materializou-se e surgiu a primeira escola. Atcualmente são já 20, em Portugal e Inglaterra. Boim é a primeira localidade do Norte de Portugal a juntar-se ao grupo.

As inscrições já estão abertas.

Aposta na qualidade da formação, com tónica na diferença

Em nota de imprensa, o clube dá nota das palavras de Filipe Guedes, coordenador técnico da Escolinha do Figo, sobre esta escola, que diz ser diferente das outras no país. Baseada numa metodologia específica, criada por Luís Figo e técnicos conceituados a nível nacional, “é uma escolinha onde o mais importante é o divertimento, ou seja, o nosso principal objectivo não é tanto a competição, mas sim a formação”, diz, acrescentando que a metodologia assenta na máxima “As crianças devem aprender a divertir-se, divertindo-se a aprender”. Filipe Guedes realça ainda os três pilares do projecto: assenta em conteúdos multimédia, é das poucas com formação a partir dos três anos e não tem “anticorpos clubísticos”, recebendo adeptos de todos os clubes.

Já Nuno Machado, coordenador e treinador na Escolinha em Lousada, realça que além da formação desportiva, as crianças e jovens terão a oportunidade de viver experiências lúdicas e educativas em campos de férias e festas de aniversário, por exemplo. Também coordenador e treinador na Escolinha de Lousada, César Gonçalo reitera o carácter diferenciador e inovador deste ao projecto, ao referir-se ao esforço que está a ser desenvolvido no sentido de integrar as crianças com necessidades educativas especiais, dando-lhes a oportunidade de jogar futebol e adaptando este desporto às suas características.

Para Paula Ferreira, presidente da direcção da UCR de Boim, a assinatura deste protocolo, para além de preencher uma lacuna que existia em Lousada, que era a formação de crianças até aos seis anos, apresenta uma “perspectiva dignificante, ao defender a não competição das crianças até aos seis anos, mostrando-lhes que o futebol é diversão e aprendizagem, tentando anular as rivalidades clubísticas”, diz.

A dirigente coloca ainda a ênfase na questão social do projecto, ao “delinear a ocupação dos tempos livres de forma saudável e pedagógica, tal como as vivências que tínhamos há 20 ou 25 anos atrás”. Para Paula Ferreira, esta é também uma oportunidade de assegurar a continuidade da UCR, “a menina dos olhos de Boim”. “A Associação passou por um período difícil, pois os jovens foram-se direcionando para outos lados. Portanto, trazer as crianças com três anos para cá é criar nelas o amor pelo clube. Tenho a certeza de que jamais deixarão morrer a UCR de Boim”, afirma.

As inscrições já estão abertas e existem várias turmas criadas.