“A actual administração da TAP voltou ao passado e está a tratar o aeroporto do Porto como um mero apeadeiro. Isto é inadmissível, sobretudo porque esta companhia sobrevive com dinheiro público”, acusou, hoje, o presidente da Câmara de Valongo.

José Manuel Ribeiro diz que a companhia aérea nacional está a “cometer uma tremenda injustiça e a contribuir para o aprofundamento das assimetrias regionais” e apela à intervenção do Governo.

“Nos tempos que correm, esta estrutura tem de ser de primeira linha, porque tem todas as condições para ser um dos principais motores da economia do país, que não se quer a duas velocidades. Este aeroporto é fundamental não só para a retoma do turismo, mas sobretudo para os negócios internacionais da região Norte, onde está a maior capacidade produtiva do país e onde se concentram muitas das suas indústrias exportadoras”, defende o edil em comunicado.

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Ao Governo, José Manuel Ribeiro pede um “travão nesta gestão que está a prejudicar o desenvolvimento equilibrado do país”, aprofundando os desequilíbrios regionais.

Em causa está o número de ligações previstas para o Aeroporto do Porto.

Hoje, o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes da Área Metropolitana do Porto (STTAMP) definiu como “irrisória” a percentagem de voos da TAP com origem no Aeroporto do Porto. Fala mesmo num “um duro golpe” na economia da região.

Recorde-se que o plano de voo previsto para os próximos dois meses implica 27 ligações semanais em Junho e 247 em Julho, sendo a maioria de Lisboa.