O Tâmega e Sousa “tem sido esquecido pelo investimento público” e o IC 35, assim como a via férrea são fundamentais para “atrair empresas para a região”, levando ao seu crescimento e desenvolvimento. A convicção é de Sérgio Humberto, o candidato às europeias pela Aliança Democrática (AD, que, esta manhã, esteve em Penafiel, acompanhado de Alberto Santos e Bragança Fernandes.

Sobre o IC 35, o também líder da distrital do PSD Porto, reconheceu que é uma infraestrutura rodoviária importante, sendo certo que vai contribuir “para atrair empresas” , criando “mais emprego indiferenciado e especializado”, o que se vai traduzir em “desenvolvimento”. Apesar de reconhecer que esta é uma obra que “já devia ter acontecido há décadas”, defendeu que “não nos podemos resignar” e, por isso, prometeu fazer desta via uma bandeira, caso seja eleito, porque “não podemos aceitar que esta região continue com atrasos relativamente a outras zonas do país”, elencando que “o Tâmega e Sousa é uma das regiões per capita mais pobres de Portugal e da Europa”. Por isso, urge “utilizar melhor os recursos e não deixá-los desviar”.

O candidato, que resumiu o programa eleitoral da AD para estas eleições, que se realizam a 9 de junho, falou ainda aos jornalistas do investimento que a UE distribui pelos países que lhe estão afetos, avançando que “88%” do que é realizado em Portugal é financiado por estes fundos, quando a média dos outros estados da UE se fica “nos 14%”. Números que a AD considera necessário “reverter”, uma vez que Portugal tem que ter “fundos próprio” e as “obras necessárias para o país (nomeadamente para a região do Tâmega e Sousa) não podem ficar apenas dependentes de dinheiro europeu”, frisou.

Para além da guerra, sobretudo da Ucrânia, da segurança, da habitação e da saúde, Sérgio Humberto também falou da imigração, “que é uma preocupação para todos os países da Europa”, mas “necessária”, porque “queremos industrializar Portugal” e, para isso, necessitamos de mão de obra, mas todo este processo tem que ser gerido de uma forma “regulada”.

O candidato da AD aproveitou a presença de dois ex autarcas, Bragança Fernandes, da Maia, e Alberto Santos, de Penafiel, para lembrar que as autarquias, assim como as Comunidades Intermunicipais, entre outros organismos locais, “podem receber dinheiros de Bruxelas”, mas para que isso aconteça é preciso informar e esclarecer estas estruturas da forma como podem fazê-lo. “Se conseguirem aceder a mais fundos comunitários podem evoluir”, concluiu.

Para o social democrata de Penafiel, Alberto Santos, estes périplos dos candidatos pela região são muito importantes, encarando-os como um meio de os locais partilharem “as preocupações da região” que, e no caso de Penafiel, passa pela construção definitiva do IC 35. O social democrata anuiu que esta nova via irá, certamente, “atrair mais empresa e aumentar a mão de obra”.

Apesar de lamentar que a edificação desta infraestrutura tenha “uma longa história, que começou no século passado”, congratula-se que, e ao fim de 24 anos, “esteja a ser executado o primeiro troço”. No entanto, Alberto Santos espera que a obra “não fique pela metade, parada a meio do monte, não cumprindo o seu verdadeiro objetivo”. Por isso, agurada que esta “partilha de soberania e de recursos da Europa”, sejam sinónimo de que “o Estado português, quer através de meios prórpios e da UE, terminem a construção total desta via”.