No terminus de uma disputa, de um combate ou neste caso, de uma eleição, costuma ser sábia e adequada a menção: Glória aos Vencedores, honra aos vencidos. Para descrever a disputadíssima eleição para os órgãos concelhios do PSD de Paredes do passado dia 9 de junho, eu reformularia a presente hipérbole neste sentido: Glória aos Vencedores, Honra aos Vencidos e exaltemos os que não têm medo da democracia.

Os militantes do PSD de Paredes não escolheram o projeto liderado por mim, preferiram outro projeto e outra equipa para liderar o partido nos próximos dois anos. Antes de fazer outras considerações, quero publicamente, tal como já o fiz pessoalmente, dar os parabéns ao Ricardo Sousa e à sua equipa pela sua eleição. Têm pela frente um trabalho difícil, mas estão perfeitamente legitimados para encararem esta difícil tarefa com a ambição e o compromisso que o PSD de Paredes exige.

Apresentei-me às eleições do passado dia 9 de junho com uma equipa jovem, renovada e ambiciosa. Quis renovar o PSD de Paredes e tornar a nossa estrutura concelhia numa revigorada e atualizada organização política de sociais-democratas. Planeei honrar o passado, enfrentar o presente e conquistar o futuro. Pretendia tornar o PSD numa estrutura coesa, participativa e acima de tudo opositiva à governação socialista.

Os 48,5% dos votos que obtive, representam os militantes que acreditaram no futuro, na força da juventude e na ambição da minha equipa. Não ganhamos, mas todos continuamos sociais-democratas. Continuo e continuarei disponível para ajudar e para defender o meu partido.

A democracia é definidora dos espaços ocupados na vida política. Deste modo, a mim cabe-me manter uma voz ativa dentro do PSD de Paredes e estar disponível para ajudar o PSD no combate político. Sou militante de base do PSD de Paredes, mas tenho a responsabilidade de defender, dentro do partido, os militantes que me escolheram para liderar. Estarei atento ao cumprimento das promessas eleitorais dentro do PSD e disponível para ajudar na sua concretização.

No final do ato eleitoral de dia 9 de junho, quando saíram os resultados eleitorais, disse à minha equipa e a todos aqueles que acreditaram em nós, para não ficarem tristes com a derrota. Os militantes do nosso PSD são sábios a fazer as escolhas certas para um tempo certo. Talvez este não seja o nosso tempo. Temos de estar serenos e convictos de que tudo fizemos e tudo continuaremos a fazer pelo nosso partido. Lá no fundo, fizemos aquilo que poucos tiveram coragem de fazer: lutar por aquilo em que acreditam, lutar pelo PSD de Paredes.

Nunca pedi licença a ninguém para ter uma voz ativa, para ter uma opinião e para assumir responsabilidades. Continuarei igual a mim mesmo: comprometido com o meu partido, livre de pensamento e sem pedir licenças a ninguém. É assim que sou. Viva o PSD!