O anteprojecto de reabilitação do edifício da antiga Adega Cooperativa de Paredes, que será transformada num auditório para 600 pessoas e centro de congressos e eventos, foi aprovado, esta quinta-feira, em reunião de executivo. A Câmara tinha anunciado ontem que já era dona das instalações e avançava hoje com uma candidatura a fundos comunitários orçada em 3,8 milhões de euros.

“Sobre o projecto em si mesmo nada temos a obstar. Não é isso que nos preocupa. Suscita-nos algumas dúvidas a viabilidade económico-financeira do equipamento, essencialmente porque este projecto não é acompanhado por um estudo de viabilidade”, explicou o vereador do PSD, Rui Moutinho.

O social-democrata sustentou que, face ao financiamento de fundos comunitários, o valor que caberá à câmara na reabilitação é “perfeitamente aceitável”, mas alertou para questões futuras.

“Lançamos um desafio: Para que num curto espaço de tempo os serviços municipais apresentem um projecto de dinamização desse equipamento para o médio e longo prazo para que ele não se transforme num elefante branco. É uma vontade de todos os paredenses que aquele equipamento seja de facto algo que contribua para o desenvolvimento da cidade e do concelho”, afirmou, lembrando que é preciso não pensar apenas nos custos actuais, mas também nos custos e proveitos futuros. “Aquilo que tem vertente cultural não tem forçosamente de ter um retorno efectivo de todos os encargos, mas que seja algo que não vá desequilibrar o orçamento municipal”, argumentou.

O presidente da Câmara de Paredes, Alexandre Almeida, disse que mal o projecto esteja fechado, haverá um “estudo e um regulamento de tarifas”.

Nesta reunião de executivo, foi também aprovado o concurso público para a reabilitação do Pavilhão das Laranjeiras, que será lançado já na próxima semana. O projecto já foi revisto e o investimento ronda os 2,6 milhões de euros (mais IVA). Mas seja conhecido o vencedor do concurso faltará apenas o visto do Tribunal de Contas.