O PSD está contra a implementação da Taxa de Gestão de Resíduos (TGR) em Paredes, que “vai provocar um aumento de 73,45%, em dois anos, nos bolsos dos paredenses”.

A afirmação saiu da última reunião do executivo, onde o maior partido da oposição esgrimiu argumentos contra este imposto que representa um “aumento significativo” da carga fiscal no concelho.

Esta não é a primeira vez que o maior partido da oposição se insurge contra a implementação desta taxa, tendo-o feito nos mesmo moldes há cerca de um ano.

Agora, o PSD volta a insistir no tema e, em comunicado, aponta que, em 2021, “os munícipes pagavam 18,72 euros”, sendo que, em janeiro do próximo ano “vão pagar 32,47 euros”.

“Assim é fácil dar subsídios para festas e festinhas porque afinal quem paga tudo isto e para mais alguma coisa são os paredenses”, acusa Ricardo Sousa, presidente do PSD de Paredes e também vereador do executivo municipal.

Na reunião de Câmara, os representantes sociais democratas acusaram Alexandre Almeida “de tentar, a todo o custo, amealhar alguns milhares de euros, para estabilizar a sua tesouraria, gerida a seu bel prazer, à custa dos munícipes”. O que merece críticas dos laranjas, sobretudo numa altura em que os paredenses se “debatem com dificuldades financeiras”.

Sobre este assunto, o Verdadeiro Olhar contactou a autarquia que justificou que “a TGR é uma taxa estatal que nós somos obrigados a cobrar aos consumidores”.

E a verdade é que a TGR é um imposto que é pago ao Estado em função da quantidade de resíduos que são depositados em aterro, incinerados e valorizados energeticamente, um valor que vem na fatura da água.

O produto da receita desta taxa é distribuído pela Autoridade Nacional de Resíduos, desempenhado pela APA, que por sua vez subdivide o produto pelo Fundo Ambiental, pelas entidades licenciadoras das instalações relacionadas pelos resíduos, para o IGAMAOT e pelos municípios que são as entidades que têm a responsabilidade pela recolha e encaminhamento dos resíduos para destino final.