O PS Penafiel apresentou, na passada sexta-feira, em Assembleia Municipal, uma proposta de recomendação à câmara para que sejam criados incentivos à fixação de médicos na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) Tâmega e Douro, nos pólos de Abragão, Peroselo e Rio de Moinhos. O objectivo é “proporcionar melhor cuidados de saúde às populações das freguesias que servem”, sustentava a proposta que foi rejeitada com 28 votos contra dos eleitos da coligação e ainda abstenções dos presidentes de junta de Eja, Duas Igrejas e São Martinho de Recesinhos.

“Em Penafiel é do conhecimento público que as freguesias de Abragão, Luzim-Vila Cova, Boelhe, Peroselo, Rio de Moinhos são servidas por unidades de cuidados de saúde primários cujos profissionais médicos têm uma grande rotatividade o que dificuldade à qualidade e continuidade de prestação de cuidados de saúde”, defendeu Luís Guimarães.

Lembrando que há vários municípios que criaram incentivos à fixação de médicos no sentido de oferecer melhores cuidados de saúde às suas populações, o socialista apelou a que fosse aprovada esta proposta. “Existem vários tipos de incentivos e esta é uma proposta de recomendação pelo que a câmara tem toda a liberdade para os definir”, argumentou.

Para a coligação, esta proposta só faria sentido se fosse dirigida ao Governo ou ao Ministro da Saúde. “A Câmara não é responsável pelas unidades de saúde”, salientou Carlos Pinto. Estão a propor incentivos, pergunto: que tipo de apoios? Dar dinheiro? Dar casas aos médicos? Isso seria discriminatório sendo só para a classe médica, que já ganha acima da média, e há muita gente no concelho a precisar de apoio social”, argumentou o eleito pela coligação PSD/CDS. “Com os dinheiros públicos de Penafiel não contem”, concluiu.

Luís Guimarães ainda lembrou que o município tem dado outros incentivos para fixar entidades no concelho, como empresas, e que por certo “também poderia dar resposta a este problema”. Mas a proposta foi rejeitada.