Pedro MendesA verdade traz, em todos os momentos, a serenidade e a paz de espírito necessária para poder estar sempre na posse de todas as faculdades intelectuais e poder interpretar de forma correcta os momentos políticos que vamos vivendo, sejam eles mais pessoais ou decorrentes da militância activa do grupo político com que nos identificamos.

No caso de Paredes, fico arrepiado com a desfaçatez de quem, não conhecendo o processo vivido pela Comissão Política do PSD, a que presidi, consegue fazer do que não aconteceu episódios reais.

Já há muito que conheço o jeito de análise política do Francisco Rocha, director deste Jornal, que não escondo, sempre vou acompanhando. E é por o conhecer que, também com propriedade, digo que sei que ele escreve algo sabendo que não está a dizer a verdade – porque a conhece -, como já o fez noutras ocasiões a propósito destes episódios. Um desses casos é o facto de que o Pedro Mendes não abandonou a Comissão Política do PSD/Paredes.

A Comissão Política do PSD caiu, como se diz na gíria, porque a maioria dos seus membros apresentaram a demissão. Essa demissão foi o culminar de uma estratégia liderada pelo Presidente da Câmara de Paredes, Celso Ferreira, que quer, a todo o custo, como já o disse, ser ele a escolher o próximo candidato à Câmara Municipal, utilizando tácticas que mais parece o ‘ata-ita-ata’. Agora eu sei, e os militantes do PSD sabem, da chantagem e dos compromissos assumidos, por lugares e lugarzinhos que resultaram num episódio triste e enjoativo. Tudo para que a orquestração pretendida acontecesse antes que fossem conhecidos os resultados da sondagem solicitada pela concelhia, a qual já está nas mãos da Comissão Política Distrital e, acreditem, que é bem mais rigorosa do que algumas que já vi e, tenho a certeza, do que aquelas que nos quererão vender.

Não concordo ainda com as considerações bem tendenciosas contra a candidatura do Joaquim Neves, por agregar um conjunto de militantes como a Raquel Moreira e a Conceicao Bessa Ruão e, ao contrário o louvor à candidatura do Rui Moutinho, por ter o apoio do Celso e do Granja da Fonseca, quando todos sabemos que são muitos mais os continentes que separam estas duas personalidades que as ribeiras da outra banda.

Não costuma ser muito meu propósito, mas aceitarão esta breve incursão no comentário político que não na maledicência.

De uma coisa tenho a certeza: os militantes do PSD sabem às quantas andam e não gostam que lhes impinjam nada e muito menos que alguém se atreva a desconsiderar a força que o partido tem no concelho. Os militantes e simpatizantes estão atentos e vão demonstrá-lo.