POLÍTICA PARA TOTÓS: Da rejeição dos costumes salazarentos

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Hoje, está a dar-nos para isto. Por incrível que pareça, passados mais de 70 anos sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos, somos confrontados com comportamentos que se assemelham, aproximam e, não raras vezes, ultrapassam os hábitos mais reprováveis do tempo da ditadura que, pensávamos, no mínimo, deviam ter caído em desuso depois do golpe de estado de 1974.

Usamos, propositadamente, as palavras ditadura em vez de fascismo e golpe de estado em vez de revolução.

Para que não restem dúvidas, hoje queremos escrever para os autodenominados democratas que nos respeitam ou desrespeitam consoante dizemos o que eles gostam ou não de ouvir ou ler.

A liberdade de expressão pressupõe que todos os cidadãos têm direito à sua expressão sem serem recriminados por isso.

Que fique claro para todos que a nossa fronteira à limitação desse direito tem a ver apenas com a apologia do ódio, da violência e do racismo, com a propaganda da guerra, a incitação à violência ou ao crime. Mais do que isto só a sujeição à justiça por calúnias ou crimes.

Nunca, mas nunca, nos sujeitamos à censura prévia. Sempre, mas sempre, aceitaremos a responsabilização posterior.

Porque nos deu para isto?

É sabido que a liberdade de expressão está, muitas vezes, relacionada com a liberdade de imprensa.

É público e notório que, nestas terras e nos tempos das outras senhoras, a comunicação social, sobretudo a que não tinha sustentabilidade financeira era panfletária do poder instituído por dele depender. Nunca expressamos a nossa opinião num órgão de comunicação social que se sujeitasse a essas regras.

Era suposto que, mudado o poder, mudassem também os comportamentos.

Infelizmente, a coisa parece que vai de mal a pior. Aliás, pelo que vemos, ouvimos e lemos, a diferença reside, por ora, no estilo e na classe com que é feita a tentativa de limitar o direito à opinião. Os outros eram faziam-no com mais classe. Connosco, nem com classe nem à bruta.

Não nos calaram os outros, não nos calarão estes. Aqui ou em qualquer outra plataforma.

Começamos a ficar fartos de uma terra de socialistas que não sabem quem foi Marx e nem sequer se interessaram por Kautsky ou Bernstein.

Não aceitamos viver um país que se enche de antifascistas depois do fascismo ter acabado.

MEL

Zona Industrial de Parada/Baltar

Ou Baltar/Parada para os que se ofendem com estas coisas. Interessa-nos mais saudar o esforço que está a ser feito pelo vereador do pelouro do desenvolvimento económico para fazer retornar a zona industrial à posse da autarquia e, ao mesmo tempo, consegue criar condições para a instalação de novas indústrias. A expansão da Litocartão é a última das boas notícias. Quem diria que, de todos, Elias Barros, é o único que até agora agiu como um socialista?

FEL

Os mastins e a guarda pretoriana.

Abominamos as práticas dos cristãos novos que, uma vez no poder, acham que o mundo é deles e nós os seus servidores.

Desenganem-se. Podem continuar a reservar as primeiras filas, mesmo quando ficam vazias. E podem usar, como se preservativos fossem, os ignorantes para quem o que conta é estar no poder ou junto dele.

Ainda há pessoas que sabem pensar diferente. E podem continuar a juntar os mastins à guarda pretoriana. A democracia vale mais. Muito mais.