Depois de ter vindo a público que o Tribunal do Comércio de Amarante tinha declarado nula a sentença que decretava a insolvência da PFR Invest, pedindo mais informações sobre a sua situação económica, o mesmo tribunal voltou a declarar, esta segunda-feira, a insolvência da empresa municipal de Paços de Ferreira.

Segundo a sentença, ficou provado que “com a difícil situação económica e financeira que o país atravessa e que se tem vindo a fazer sentir nos últimos anos, com especial incidência no sector imobiliário e de construção, a PFR Invest começou a sentir graves problemas de ordem financeiras, não conseguindo cumprir as suas obrigações financeiras”. A situação foi agudizada “após as rescisões dos contratos com a ON2/CCDRN” com a empresa municipal a ficar “privada do financiamento acordado que haveria de receber futuramente para a conclusão dos projectos de investimento em curso, acrescido do pedido de devolução dos montantes anteriormente entregues”, refere o tribunal, fazendo com que a empresa ficasse com uma situação liquida negativa de mais de 1,2 milhões de euros.

“Perante o valor total das dívidas da devedora, seus montantes, duração da mora, é possível afirmar que, por parte dela, existe uma situação de paralisação, suspensão generalizada dos pagamentos”, acrescenta a sentença.

A PFR Invest – Sociedade de Gestão Urbana, EM, encontra-se em falta no tocante ao cumprimento das suas obrigações que, pelo seu montante e pelas circunstâncias do incumprimento, é reveladora da impossibilidade em que se encontra de satisfazer pontualmente a generalidade das suas obrigações e ainda a insuficiência de bens penhoráveis para pagamento dos créditos reclamados”, conclui o tribunal que voltou a declarar a insolvência desta empresa municipal, criada em 2007 para gerir as zonas industriais do concelho.

O processo volta agora a seguir os trâmites normais. Está agendada para 4 de Abril, às 14h00, uma assembleia de credores.