A Câmara de Penafiel apresentou, esta quarta-feira, algumas actividades e propostas que vão marcar as comemorações dos 250 anos de elevação de Penafiel a cidade em 2020.
O programa integra uma vasta programação com actividades diversas que vão do teatro, aos concertos, às visitas, às exposições, pensadas para um público diversificado e que serão abertas a toda a comunidade.
O cartaz integra também actividades de carácter lúdico, desportivo e científico com conferências e edição de teses de mestrados e doutoramentos tendo como tema central Penafiel e o seu território.
No âmbito das comemorações foi também apresentado o logótipo dos 250 anos de elevação de Penafiel a cidade.
“Faltam 27 dias para dar início ao ano das comemorações. Penafiel é a 20.ª cidade mais antiga do país, pelo que preparamos um programa abrangente e aberto à comunidade. Este será um programa intenso que se pretende diversificado. Procuramos que este programa tenha várias dimensões, uma mais pedagógica direccionada aos mais jovens, depois uma dimensão cultural nas suas variadas vertentes, de lazer, desporto”, disse, salientando que a câmara de Penafiel entregou em mãos ao Presidente da República um convite para presidir à solenidade do dia 3 de Março, data da elevação de Penafiel a cidade.
Falando da vertente pedagógica, o chefe do executivo realçou que estão previstas várias conferências, com destaque para a palestra: “ A passagem de Arrifana de Sousa a Penafiel, criação da diocese e elevação a cidade”, pelo historiador penafidelense Coelho Ferreira, autor de uma vasta obra sobre a cidade e o concelho, estando prevista a realização de um encontro científico que irá decorrer durante dois dias, designado “Penafiel, cruzamento de caminhos num mundo global”, iniciativa que pretende constituir um momento de reflexão em torno da história do concelho e dos contributos que os penafidelenses foram dando nos mais diversos domínios a Portugal e ao mundo.
Esta conferência irá contar com a presença de vários penafidelenses que se encontram em vários palcos internacionais, nas mais diversas áreas de actividade com contributos que são hoje reconhecidos. Pretende-se, também, que esses penafidelenses possam com o seu saber dar mais visibilidade e contribuir para a notoriedade desta conferência.
O cartaz integra, ainda, a edição de livros de penafidelenses distintos, com influências decisivas para a história local e nacional, a publicação da biografia em banda desenhada de D. António Ferreira Gomes, ex-bispo do Porto, a edição de um livro de pequenos contos sobre o Padre Américo, assim como a biografia de António de Almeida.
“Vamos ter ao longo de todo o ano visitas guiadas, devidamente acompanhadas ao Museu Municipal e ao centro histórico”
As comemorações vão dar, também, destaque à vertente pedagógica, com principal foco nos agrupamentos e estabelecimentos de ensino do concelho, com visitas ao Museu Municipal e ao centro historio da cidade.
“Pretendemos transmitir aos alunos dos vários estabelecimentos de ensino a história dos 250 anos da cidade e do concelho. Vamos ter ao longo de todo o ano visitas guiadas, devidamente acompanhadas ao Museu Municipal e ao centro histórico. Verificamos que muitas escolas optam por fazer visitas a outros concelhos, o que não é mau, e muitas vezes não conhecem o seu território, nem a sua história”, afirmou, sustentando que os agrupamentos escolares vão ser convidados a elaborar trabalhos que serão partilhados pela comunidade.
No campo cultural, o autarca penafidelense destacou as várias exposições de fotografias documentais que estão previstas, a aposta no cinema, na etnografia, mas também concertos, com início já no dia 5 de Janeiro com o concerto de Ano Novo que irá contar com a Orquestra do Norte, bandas de excelência, como o Coro da Sé Catedral, a Banda do Exército e na recta final um concerto que celebra os 250 anos do nascimento de Beethoven.
No domínio cultural, o responsável pelo executivo declarou que o programa prevê ainda encontros de cantares, com o tradicional Cantares das Janeiras e ter um formato diferente, com os grupos a percorrerem a cidade em diferentes pontos e a deslocarem-se depois para o Pavilhão de Feiras e Exposições, o encontros de cavaquinhos, o Festival Internacional de Folclore, entre outras.
No que toca à solenidade do 3 de Março, Antonino de Sousa assumiu que este ano as comemorações serão realizadas não no Museu Municipal, como tem sido habitual, mas na rua.
“Queremos que a sessão solene aconteça na rua, mas em função das condições meteorológicas é que poderemos definir o local em concreto, mas naturalmente irá ser na cidade e o mais próximo do centro da urbe. Se as condições meteorológicas o permitirem será feito na Avenida Sacadura Cabral que será fechada para esse efeito, senão teremos que encontrar uma alternativa. Mas queremos que seja ao livre para acolher o maior número possível de pessoas e que haja um grande envolvimento em termos institucionais”, avançou, asseverando que em 2020 não serão atribuídas as habituais medalhas honoríficas por ser um ano diferente de todos os outros.
“Se o Presidente da República presidir à cerimónia iremos atribuir uma medalha da nossa cidade e do concelho o que acaba por ser uma distinção a todos os munícipes”, confirmou.
A par das comemorações dos 250 anos de elevação de Penafiel a cidade, o autarca relevou, também, que a cidade irá acolher a já tradicional Festas do Corpo de Deus, a Agrival, sendo que cada um destes eventos terá uma programação reforçada, o Penafiel Romântico, para assinalar o Dia dos Namorados, um encontro de Youtubers, no Parque de Feiras e Exposições, a Noite de Bombos, o Verão em Família, com o Avô Cantigas, a Noite Branca, Penafiel Racing Fest, iniciativas que já existem e que vão sofrer um “upgrade” para que tenham um toque especial e de comemoração.
“Este não é um ano qualquer. É um ano de celebração”, acrescentou, afiançando que 2020 vai ser um ano de forte intensidade, como nunca se viu em Penafiel e que nenhuma outra comunidade da região viveu.
Questionado sobre qual o presente que gostava de receber nos 250 anos de elevação de Penafiel a cidade, o chefe do executivo manifestou que gostava de ver concretizado o espaço de cultura e criatividade, também designado de Ponto C, e continuar na senda do crescimento e desenvolvimento.
“Temos expectativa de realizar este sonho de avançar com o Ponto C espaço dedicado à criação artística direccionado para as artes do palco. Achamos que a cultura e as artes são uma forma de afirmação de um território. Faltam-nos as condições materiais, mas acreditamos que 2020 vai ser o ano dessa realização”, confessou.
