Fernando Moreira, mais conhecido como Nando Tupá, é de Penafiel e participou no “The UK Drum Show”, um dos maiores eventos de bateria e percussão, que decorreu em Manchester (Inglaterra), durante o fim-de-semana.

Contactou com “os melhores bateristas da actualidade” e pôde ainda mostrar um pouco de Portugal aos bateristas e percussionistas que assistiam. O evento, considerado o maior da Europa nesta área, dividiu-se numa feira comercial, que mostrou produtos novos e tendências nesta área, actuações e uma espécie de palestras em auditórios, onde cada músico (que foi a convite de uma marca que o apoia) mostrou “aquilo que de melhor se faz” no próprio país.

O estilo de música que Nando Tupá elegeu foi o fado, mais concretamente, de Mariza, “a artista com maior projecção lá fora”, explicando como se cria, que peças se utilizam.

Esta não foi a primeira vez que viu o evento, mas sim que participou dele e explica ainda que foi a estreia de um português a dar aquele tipo de palestras. “É espectacular porque lidamos com toda a gente, com produtores de todo o mundo, com os melhores bateristas e, no fundo, é um convívio onde também se aprende alguma coisa”, sublinha, acrescentando que o evento levou milhares de pessoas ao recinto.

Foto: Chris Coleman e Fernando Moreira

“Foi uma coisa nova, estamos a ganhar mercado. Sinto que Portugal está no bom caminho. Somos muito pequeninos lá fora, na Europa, somos muito pequeninos neste mercado”, acredita, referindo, no entanto, que as marcas têm cada vez mais interesse.

“A minha intenção com isto é fazer aquilo que gosto e, acima de tudo, tentar arranjar novos seguidores e que vale a pena sermos músicos. Vale a pena tentarmos, pelo menos. Gosto de aquilo que faço, fazer o melhor possível. Levar o nosso nome lá fora, provar às pessoas que fazemos coisas porreiras, que se fazem boas coisas em Portugal”, remata.

O penafidelense confessa ser “um apaixonado” pela bateria e que a música já faz parte da sua vida desde bem cedo. Aos nove anos, começou no piano e entrou para o Conservatório de Música aos 15. Dois anos depois, voltou-se para a bateria e deu aulas desse instrumento e estudou também numa escola de jazz.

Actualmente, toca jazz em casinos e está há 25 anos numa banda que anda por várias festas e romarias do país. Revela que este é o projecto ao qual dedica mais tempo, já que lhe proporciona fazer aquilo que gosta, que é o palco. “Tenho duas coisas que gosto que é palco (onde toca bateria) e ensinar. São as minha paixões”, acrescenta.