Paulo Teles, professor do ensino secundário, é o candidato do Bloco de Esquerda à presidência da Câmara Municipal de Paredes.

Em declarações a Verdadeiro Olhar, o candidato adiantou que pretende solicitar uma auditoria às contas do município com o objectivo de tentar descobrir a origem dos “buracos financeiros” e implementar medidas para os corrigir.

Falando da actual gestão PSD, Paulo Teles considerou que o desenvolvimento do concelho “está estagnado e atrofiado por uma asfixia financeira da qual só é responsável o actual executivo, prepotente e arrogante, que tenta cometer sempre o mesmo erro de não ouvir os anseios da população nem as outras forças políticas”.

O candidato do Bloco de Esquerda reiterou que o partido rejeitará propostas “despesistas, megalómanas e inúteis” como “cidades inteligentes” e “criativas”, “rotundas desnecessárias”, “pontes megalómanas projectadas sobre o rio Ferreira nunca realizadas”, “estátuas pirosas e um imenso rol de falsas promessas como o parque radical prometido, mas que os jovens não conseguem encontrar”.

O candidato criticou, também, as propostas do actual executivo laranja, nomeadamente, “a cidade desportiva que continua a ser uma miragem ou ainda inutilidades como a pista para ciclismo dentro da cidade que não serve para nada e 150 mil euros gastos em bicicletas a enferrujarem num armazém”.

“É tempo de mudar radicalmente as políticas desastrosas, despesistas e megalómanas do actual executivo”

Ainda sobre o trabalho de Celso Ferreira à frente do executivo da Câmara, Paulo Teles realçou que o trabalho desenvolvido pela gestão do PSD foi “desastroso, se não o pior trabalho de todos os executivos do PSD que passaram pela câmara”.

Ao Verdadeiro Olhar, o dirigente concelhio e nacional do Bloco de Esquerda referiu, também, que “é tempo de mudar radicalmente as políticas desastrosas, despesistas e megalómanas do actual executivo que levou ao endividamento da câmara, um endividamento dos maiores do país”.

Falando das razões que o levaram a candidatar-se, Paulo Teles, 53 anos, professor da Escola EB 2/3 de Paredes, esclareceu que foi a vontade colectiva da concelhia de Paredes que entendeu propor o seu nome como candidato, por unanimidade.

Além do apoio da concelhia, o docente, que já foi candidato à Câmara de Penafiel em 2009, destacou que aceitou o convite porque tem um projecto credível de desenvolvimento sustentável para o concelho e sempre foi uma pessoa de esquerda e que se  debate “contra as desigualdades em prol dos mais desfavorecidos”.

Quanto às propostas e projectos que tem para o município, Paulo Teles realçou que o Bloco de Esquerda tem um programa onde estão contempladas mudanças e propostas em diferentes domínios, mas que o partido vai dar uma atenção especial à saúde, à educação, acção social, água e ambiente, urbanismo e cultura.

Referindo-se aos objectivos eleitorais do partido, Paulo Teles relevou a importância dos bloquistas participarem nos destinos do concelho com representatividade na Assembleia Municipal e na vereação.

“Devo realçar que o Bloco nunca teve nem tem nenhum vereador ou membro na Assembleia Municipal, por isso apelo a todos os paredenses que no próximo dia 1 de Outubro votem em sua plena consciência e ajudem a alterar as políticas do concelho”, reforçou.

Além de Paulo Teles, o Bloco de Esquerda conta com Mónica Ferreira, natural de Rebordosa, 37 anos, operadora de caixa, para candidata à Assembleia Municipal.