O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, acusou hoje, em Ermesinde, o Governo de promover uma “política do faz de conta”, criticando a maioria socialista por não gostar de mudar coisa nenhuma “a não ser para fazer reversões”. O social-democrata lamentou também que se tenha perdido a oportunidade de Portugal avançar com a descentralização a tempo das próximas autárquicas, acusando ainda o Governo de estar a começar a fazer uma privatização da Caixa  Geral de Depósitos.

As declarações foram feitas durante um mega-almoço das mulheres promovido pelo Movimento das Mulheres Social Democratas do distrito do Porto, que juntou à mesa mais de mil apoiantes. O presidente do PSD afirmou ainda que o encerramento de balcões da Caixa Geral de Depósitos (CGD) é de um “cinismo atroz” por parte dos socialistas, comunistas e bloquistas.

“Vivemos actualmente num concelho sem rumo”

No almoço participaram vários candidatos às autarquias da Área Metropolitana do Porto, onde se inclui Luís Ramalho, actual presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde e candidato do PSD à Câmara Municipal de Valongo que acusou o actual Executivo municipal de falta de estratégia, peso político, iniciativa e empreendedorismo. Para Luís Ramalho, “vivemos actualmente num concelho sem rumo. Sem estratégia. Sem liderança”, criticando os actuais dirigentes políticos por “não saberem agarrar o crescimento turístico do Porto e potenciar as nossas serras e todo o património cultural que acolhem”. Luís Ramalho criticou ainda o actual Executivo por não conseguir potenciar e dinamizar as zonas industriais do concelho.

“Precisamos de uma política de verdade”

Referindo-se a promessas eleitorais, Luís Ramalho sublinhou que as freguesias “não merecem ser enganadas de forma deliberada, apenas com o objectivo de ganhar eleições”. “Não merecem que lhes prometam a reversão de medidas difíceis, que tiveram de ser adoptadas por nós, e que – quase quatro anos depois – nada tenha acontecido, senão um assobiar para o lado, na expectativa que essas promessas vãs caiam no esquecimento”, disse, deixando claro que todas as freguesias serão tratadas com “igualdade e justiça, independentemente da sua cor política ou residência”. O candidato aproveitou ainda para destacar alguns objectivos do seu projecto para o concelho que passam pelas áreas da educação e política social.

Também presente no mega almoço promovido pelo Movimento das Mulheres Social Democratas do distrito do Porto, Bragança Fernandes, presidente da distrital do PSD Porto, demonstrou o apoio a Luís Ramalho e sublinhou a necessidade de Valongo de ter “uma nova energia e retomar o tempo perdido”. Apoio também expresso por Maria da Trindade Vale, coordenadora do Movimento das Mulheres Social Democratas do distrito do Porto.