No passado dia 24 de Março realizou-se o Congresso Federativo do PS – Porto no Pavilhão Rota dos Móveis em Paredes. Estiveram presentes cerca de 1.000 participantes entre delegados, militantes, autarcas, deputados e simpatizantes de todo o Distrito do Porto. Foi um acontecimento memorável não só pelo conteúdo mas também pela ocorrência histórica que representa. Este foi o maior evento partidário realizado no concelho de Paredes. Apenas foi possível trazer para o concelho este Congresso porque o Partido Socialista ganhou as eleições autárquicas em Paredes em Outubro de 2017, porque isso representa que uma grande percentagem dos seus 86.000 habitantes confiaram na proposta dos representantes do PS e porque esta foi uma vitória significativa do PS onde nunca tinha havido antes.

A confiança da população conseguida nas urnas e a credibilidade das propostas e práticas já demonstradas pelo atual executivo municipal, granjearam também a atenção dos dirigentes regionais e nacionais do Partido Socialista. Paredes ganhou notoriedade, credibilidade e peso político, o que foi demonstrado neste Congresso.

Parafraseando Santos Silva ministro dos Negócios Estrangeiros que encerrou o Congresso ”…nós conquistamos a confiança das pessoas, mas nós merecemos a confiança das pessoas”.

O lema do Congresso foi “Renovar a Confiança – por um Norte mais forte”. Este foi também o título da principal moção apresentada pelo jovem e renovado deputado João Torres tendo como primeiro subscritor o presidente da Federação Distrital Manuel Pizarro.

Esta moção assentou na força que o Norte representa pela densidade populacional, pela capacidade de trabalho, pelo empreendedorismo empresarial, pelo seu património e potencial de desenvolvimento turístico mas também pela participação e militância na causa pública das suas gentes. Reassumiu as vantagens de um novo modelo de governação, positivamente á esquerda, defendendo o serviço público, a escola pública, a saúde publica, a solidariedade social e a sustentabilidade de uma sociedade que presa a liberdade, a igualdade e a fraternidade. Fez a apologia do reforço das autarquias e dos órgãos próximos das pessoas no caminho de uma cada vez mais ampla descentralização. Lembrou a necessidade de apoiar o desenvolvimento das regiões anteriores como a do Tâmega e Sousa, defendendo a conclusão das infraestruturas já tão prometidas como a IC35, mas condenou as promessas não cumpridas, fonte da descredibilização dos políticos e da Política. Tal como disseram, “não há governação sem política, mas a política precisa de ser verdadeira para que se acredite que existe para o bem das pessoas”.

Foram apresentadas ao congresso mais 25 moções sectoriais sob diferentes temas, da Saúde à defesa do ambiente, da reorganização territorial à descentralização, da educação à defesa do património e infraestruturas. Um dia intenso, gerando propostas e conselhos para a Federação debater e apresentar posteriormente ao Governo e à Assembleia da República. Os nossos delegados locais, dos concelhos do Tâmega e Sousa, fizeram a defesa do investimento no território, a construção das infraestruturas já prometidas, mas também a necessidade de novos investimentos na mobilidade das pessoas (transportes), na construção de novos equipamentos e no apoio na inclusão social dos mais desfavorecidos.

Neste Congresso também se concretizou a votação dos órgãos federativos. Foi com agrado que assistimos à recondução da Cláudia Mota e do José Sá na Comissão Politica Distrital do Partido Socialista. Apesar de jovens, já têm muitos anos de atividade cívica no concelho e muito têm contribuído para o desenvolvimento da juventude de Paredes, nomeadamente na organização de eventos desportivos, culturais e sociais. A sua capacidade de trabalho e criatividade foram reconhecidas pelos órgãos federativos. Como estão enganados aqueles que apregoam que na gestão socialista o cartão da militância é salvo-conduto para a empregabilidade! Não poderia haver melhor exemplo do contrário. Tendo em conta o currículo de cada um deles, estranha-se que não tivessem sido convidados a integrar os serviços municipais após a vitória para a qual têm trabalhado há tantos anos. De qualquer modo, estejam onde estiverem, saberão sempre defender os interesses do nosso concelho de Paredes que é também a sua terra. Mas não devemos ficar por aqui. Paredes merece participar ao mais alto nível nas decisões políticas do país. Será de esperar que nas próximas eleições legislativas seja possível que Paredes tenha um(a) candidato(a) a deputado(a) na Assembleia da Republica integrando o grupo de deputados do distrito do Porto. Preparemo-nos também para 2019.