Foi com um “sentimento de dever cumprido” que o empresário Mário Rocha recebeu das mãos do chefe de Estado, José Ramos-Horta, o Colar da Ordem da Liberdade, numa cerimónia que aconteceu sexta-feira, no dia das cerimónias oficiais do 21.º aniversário da restauração da independência de Timor-Leste.

Tal como Celso Ferreira, antigo autarca, também o ex vice-presidente da autarquia, Mário Rocha foi distinguido pelo projeto “Uma Fábrica para Timor”, implementado em 2007.

Em declarações ao Verdadeiro Olhar, o também fundador e CEO da empresa de mobiliário Antarte, contou que quando recebeu das mãos “do nobel da Paz esta distinção” teve um sentimento que “jamais” vai esquecer. Foi uma grande honra”.

Mas o antigo vice-presidente da edilidade, cargo que ocupou de 2005 a 2009, não deixou de sublinhar que o trabalho realizado em Timor se deveu “a uma equipa, colaboradores da Câmara Municipal, que trabalhou e que conseguiu que o que foi idealizado se tornasse realidade”.

Para além disso, Mário Rocha enalteceu ainda o papel do “padre Feliciano Garcês, do falecido bispo Basílio do Nascimento e de um conjunto de empresários do concelho de Paredes que também contribuíram direta e indiretamente”.

Ao Verdadeiro Olhar, o empresário recordou o elevado nível de participação das empresas de Paredes, a quem foram solicitados apoios, tendo conseguido “28 máquinas”, o que levou a diocese a aumentar os pavilhões previstos, sendo que, desde essa altura, já passaram pela fábrica centenas de timorenses para aprenderem a trabalhar a indústria da madeira e do mobiliário.