O presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, Humberto Brito, endereçou hoje uma missiva ao Governo e à Direcção-Geral da Saúde apelando a medidas “urgentes e excepcionais” para conter o crescimento galopante do número de infectados com o novo coronavírus no concelho.

O autarca confirmava hoje que são já três as vítimas mortais no concelho e 49 os casos positivos confirmados e tem lançado vários apelos nos últimos dias.

“O grande número de residentes no concelho, perto de 60 mil, a reduzida área do concelho, 72 quilómetros quadrados e a elevada densidade populacional, a que se junta uma forte presença industrial, comercial e de serviços, torna Paços de Ferreira um barril de pólvora no que à propagação deste vírus diz respeito”, defende Humberto Brito.

“Infelizmente, as medidas em vigor em todo o território nacional, e consequentemente no nosso concelho, não permitem, por si só, estancar o crescimento exponencial do número de infeCtados. As particularidades geográficas, sociais e económicas de Paços de Ferreira, impõem que sejam adoptadas, por parte das entidades nacionais, medidas extremas e o mais rapidamente possível”, alega ainda o presidente da Câmara, requerendo que, de imediato, governo e autoridades de saúde pública nacionais, possam alargar e intensificar as medidas de contingência no concelho.

“Não podemos adiar o inadiável. Reduzir ao máximo as fontes de propagação do vírus é a única forma de impedirmos uma tragédia, sem precedentes, no concelho de Paços de Ferreira. Esperamos, por isso, por parte das entidades nacionais, designadamente Governo e DGS, a devida e rápida tomada de decisões. O tempo, esse corre contra todos nós!”, termina o comunicado da autarquia.

O apelo seguiu para o Primeiro-Ministro, Ministros da Economia, Saúde, Segurança Social e Directora Geral da Saúde.