Depois de a Águas de Paços de Ferreira ter enviado aos consumidores uma carta anunciando que ia voltar a aplicar o tarifário que vigorava até Maio de 2017, o que vai provocar um aumento do preço da água, decisão que a Câmara de Paços de Ferreira diz que é “ilegal” e foi tomada de forma unilateral, o Movimento 6 de Novembro (M6N) emitiu um comunicado aconselhando os pacenses a reclamar da factura.

O M6N, movimento criado há vários anos especificamente para lutar contra os elevados preços da água no concelho e pela abolição da tarifa de disponibilidade, diz que esta tentativa de aumentar o tarifário da água e do saneamento por parte da concessionária merece o seu “total repúdio”.

“A lei não permite à concessionária a faculdade de, por si só e de forma unilateral, proceder ao aumento do tarifário, decisão que compete, de acordo com a lei, exclusivamente à Câmara Municipal”, sustenta o Movimento, indo de encontro à informação também já veiculada pelo Município.

“Perante esta ilegalidade monstruosa, o M6N apela aos consumidores que venham a receber a factura da empresa Águas de Paços de Ferreira, com um tarifário diferente do actual, que reclamem da factura e exijam a sua correcção para a tabela em vigor, aprovada pela Câmara Municipal, a única entidade legalmente autorizada para o efeito”, alega a mesma fonte em comunicado.

O M6N põe ainda em causa as verdadeiras intenções da concessionária ao querer voltar ao anterior tarifário, apontando que a Águas de Paços de Ferreira, propriedade do Grupo espanhol Sacyr, acaba de ser vendida ao fundo ECS Capital.

“A concessão da água e saneamento deverá passar para a esfera da Câmara Municipal, porque sendo este um bem público essencial, enquanto estiver na mão de privados este pesadelo não terá fim”, voltou a defender o M6N, garantindo que vai continuar a lutar pelos direitos dos consumidores pacenses.

No próximo sábado, a sede estará aberta, entre as 14h00 e as 16h00, para prestar apoio à população.