Foi aprovada a candidatura da Obra Social e Cultural Sílvia Cardoso (OSCSC) ao Norte 2020 para remodelação do Centro de Actividades Ocupacionais (CAO) de apoio à deficiência da instituição. A obra, orçada em quase 476 mil euros, há muito ansiada, poderá agora avançar com a ajuda de fundos comunitários.

O prazo de construção, depois da adjudicação, será de 24 meses. O CAO existente, dividido em dois edifícios pré-fabricados, será demolido e dará origem a um novo edifício de raiz.

Apesar dos apoios, caberá à OSCSC comparticipar 161 mil euros. A instituição acredita que encontrará apoio na comunidade.

CAO dá apoio a 30 utentes

O CAO da Obra Social, a única instituição com apoio à deficiência no concelho de Paços de Ferreira, não chega para as necessidades contando com uma “lista de espera significativa”, explica Cláudia Dimitri. “Costumo dizer que se fosse possível iriamos inaugurar um novo CAO e quem sabe se não teríamos ainda lista de espera”, salienta a directora executiva da OSCSC.

A requalificação do espaço era uma necessidade e uma prioridade e o final do ano trouxe uma boa notícia. “Fizemos uma candidatura ao programa Norte 2020 e foi aprovada, mesmo no final de 2018 recebemos a prenda de Natal”, confirma com um sorriso esta responsável.

Cláudia Dimitri, directora executiva

O investimento global da obra é de quase 476 mil euros, sendo que os edifícios existentes serão demolidos. “O CAO funciona em dois edifícios pré-fabricados que já ultrapassaram o seu tempo de vida”, refere Cláudia Dimitri. O financiamento aprovado, através do FEDER, é de cerca de 264 mil e 500 euros. “Todo este diferencial será a instituição, com recurso a meios próprios, a donativos e a outros mecenas que irá tentar colmatar”, adianta a directora executiva.

A Obra Social recebeu, recentemente, fruto de outra candidatura ao Prémio Fidelidade Comunidade, cerca de 50 mil euros que vão reverter para esta obra.

“Com este apoio dos fundos comunitários e muita ajuda da Câmara de Paços de Ferreira, que está connosco nesta causa, vamos conseguir resolver esta questão da necessidade da requalificação”, acredita a responsável da instituição.

O CAO dá apoio a 30 utentes, com diferentes idades e deficiências, contemplando ateliês e oficinas de actividade de vida diária, lavandaria, qualidade de vida e bem-estar, multimédia e carpintaria.

Obra vai dar melhores condições e mais conforto

Centro de Actividades Ocupacionais

A obra vai dar “melhores condições para que as oficinas do CAO tenham um espaço mais adequado às necessidades, quer nas acessibilidades quer no conforto e também um espaço mais polivalente para o desenvolvimento de actividades físicas que são muito necessárias nesta população e que poderá servir o CAO, mas também todas as outras respostas que temos no âmbito da deficiência”, explica Cláudia Dimitri. Os espaços serão polivalentes, até porque os ateliês do presente poderão não ser os do futuro, justifica. Haverá cinco salas, um salão polivalente e espaços comuns e de reuniões.

Durante a construção, o CAO não vai parar e os utentes vão ser transferidos para um espaço provisório dentro das instalações da Obra.

“A expectativa é que dure o menor tempo possível, mas temos um prazo de 24 meses para cumprir. Ainda não foi lançado o concurso público, será lançado nos próximos meses”, adianta.

Prémio Fidelidade Comunidade

Esta obra é “uma prioridade” e um “grande desafio”, sobretudo por implicar uma construção de raiz, assume.

Na estratégia futura, a médio e longo prazo, está outro sonho: a construção de um lar residencial. “Pretendemos é dar resposta a quem nos procura e já há bastante tempo que somos procurados para essa resposta de internamento. Será uma resposta sobretudo para quem não tem rectaguarda familiar”, refere a directora executiva.