O PSD de Paços de Ferreira voltou a criticar o processo processo de requalificação da ETAR de Arreigada, a propósito das buscas realizadas nos Paços do Concelho por parte da GNR e IGAMAOT, sob orientação do Ministério Público, que visaram investigar eventuais crimes ambientais que envolvem aquele equipamento.
Em comunicado, o maior partido da oposição do município lamentou toda a situação, elencando que este foi um acontecimento que marcou, de forma “muito negativa”, a gestão do município. Até porque,a ETAR implicou “um investimento de cinco milhões de euros” que resultou “numa capacidade de tratamento de águas residuais significativamente inferior à existente antes da intervenção”.
Na mesma nota, o PSD critica o facto de o atual executivo não tenha assumido “as suas responsabilidades políticas” nesta matéria.
A terminar, os sociais democratas dizem esperar que “esta investigação possa pôr fim a uma situação prolongada que prejudica o ambiente da nossa região e esclareça quaisquer tentativas de confundir a busca pela justiça com perseguições”, acrescentando ainda que o processo deve decorrer “com a máxima seriedade, garantindo a todos os envolvidos o direito ao contraditório e à defesa”.
Recorde-se que, na passada sexta-feira, a Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGRP) deu conta de uma operação, que visava a apreensão de documentos físicos, dados e documentos informáticos e outros meios de prova, envolvendo meios da GNR e da Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT), além do magistrado do MP.
Segundo informação da Procuradoria, as buscas foram executadas no âmbito de um inquérito, que se encontra em segredo de justiça, titulado pelo MP de Paços de Ferreira, em que se investiga a prática de um eventual crime de poluição no Rio Ferreira, área do município de Paços de Ferreira.
