O pacense José Neto apresenta, esta sexta-feira, na Câmara de Paços de Ferreira, o seu mais recente trabalho intitulado “À Flor da Relva”.

Ao Verdadeiro Olhar, José Neto, professor universitário e formador dos cursos de treinadores de futebol organizados por várias associações, destacou que a obra trata de assuntos referentes a artigos que ao longo dos últimos quatro anos foi publicando na projecto online “bola.pt”, tendo seleccionado os de maior oportunidade e consistência humana, técnica e científica.

“Aliás, o jogo em si não tem culpa de quem lhe come as entranhas. Também por isso as razões deste livro”

Emoções, comportamento, rendimento, resultados, chicotadas psicológicas, planeamento e periodização do treino, formação, sustentabilidade, mas, também, a selecção nacional, são alguns dos temas deste livro.

Falando do seu livro, o 12.º da sua conta pessoal, o autor admitiu que o futebol é um tema recorrente e que o futebol também é cultura, vida, educação e festa. “Por vezes valoriza-se o que de mau acontece e esquece-se as excelentes relações económicas, sociais e promocionais da sociedade que nele habita. Aliás, o jogo em si não tem culpa de quem lhe come as entranhas. Também por isso as razões deste livro”, disse, numa alusão aos mais recentes casos que têm atingido o futebol nacional e que têm ocupado lugar de destaque nos principais órgãos de comunicação nacional.

José Neto reconheceu que, cada vez mais, a excelência, da sustentabilidade dos clubes e a aposta na formação são pilares os clubes têm de continuar a perseguir.

“A base da pirâmide tem que ser alicerçada de constructos que ajudam a forma para vencer e crescer para render”, frisou, salientando que a maior parte dos clubes promove a prática destes valores.

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“Por isso se revelam células organizativas e promocionais da livre conquista da participação desportiva”, acrescentou, recordando que “ganhar não chega se não tiver jogadores de grande nível… e ao grande nível não chega jogando apenas bom futebol!…”

Ao Verdadeiro Olhar, José Neto realçou, também, que as autarquias desempenham um papel fundamental na implementação destes valores, na aposta na formação, embora nalguns casos, verificou, esta participação e apoio “deixa muito a desejar, com excepção no período de campanhas eleitorais, na procuro dum voto apetecível que pouco depois é transferido para questões nem, sempre justificadas ao uso da razão”.

Desafiado a comentar até onde pode ir a selecção nacional no Campeonato de Mundo de Futebol, que iniciou, esta quinta-feira, José Neto defendeu que a selecção das Quinas nos habituou a ser uma das selecções favoritas à vitória.

“Assumimos o lugar de melhor selecção europeia, mas ‘arrastar’ a recompensa de um trabalho vencedor, não sendo fácil, obriga-nos a repetir e sobretudo melhorar… por isso o desencadear  dum processo revigorador de optimismo é fundamental …e existem estratégias para tal . Também estão algumas anotadas no meu livro”, manifestou.