O PSD Paços de Ferreira organizou um debate sobre as diferenças entre comunidades intermunicipais, nomeadamente a do Tâmega e Sousa, onde o concelho se insere, e a Área Metropolitana do Porto. A meta é perceber qual o melhor caminho para o concelho.

“Trata-se de um tema que tem estado em discussão porque existe a vontade da maioria PS na Câmara Municipal em ingressar na Área Metropolitana do Porto. O PSD Paços de Ferreira entende que este caminho não pode estar assente em estados de alma ou vontades próprias, tem, sim, de ser um tema de ampla discussão que envolva o sector político, social e empresarial, enverando toda a sociedade”, defende nota de imprensa, afirmando que ainda irá realizar mais iniciativas sobre esta matéria.

O partido convidou dois autarcas, um da Área Metropolitana do Porto, presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, e Alberto Santos, ex-presidente da Câmara Municipal e actual presidente da Assembleia Municipal de Penafiel, em defesa da CIM Tâmega e Sousa. “Ambos os autarcas têm larga experiência de gestão autárquica e são conhecedores dos seus territórios”, advoga o PSD.

De acordo com nota enviada, “Alberto Santos defendeu a manutenção de Paços de Ferreira na área do Tâmega e Sousa, enaltecendo as características sociais e regionais do território como uma mais-valia potenciadora de valorização da região”. O penafidelense referiu ainda que “acredita no potencial de desenvolvimento dos municípios do Tâmega e Sousa, mas critica a visão de alguns autarcas que se dizem preocupados com a litoralização do país quando, em simultâneo, esses mesmos autarcas vêem os seus municípios a afastarem-se das políticas das regiões do interior”. Alberto Santos defendeu também a revisão dos círculos uninominais eleitorais, “por entender existir uma incoerência no que é a votação das populações entre os distritos e as comunidades intermunicipais”.

Já Aires Pereira sustentou que o concelho de Paços de Ferreira deve ingressar na Área Metropolitana do Porto. A adesão do concelho “colocaria Paços de Ferreira num espaço com indicadores de qualidade de vida completamente diferentes dos actuais verificados no Tâmega e Sousa” que continua “sem ter capacidade para cumprir as metas a nível social, ambiental e económico”. Por outro lado, “a dinâmica da Área Metropolitana do Porto tem vindo a fortalecer o desenvolvimento económico dos concelhos que nela têm integrado”, com vantagens a nível da mobilidade e das questões ambientais, afirmou.