Adriano-Ribeiro-featuredNo passado dia 4 de Outubro, realizaram-se as Eleições, que poderão ser consideradas como as mais «felizes» de que há memória desde as do dia 25 de Abril de 1975.

Felizes, porque a crer nas reações dos partidos que se devem levar a sério, ninguém as perdeu.

Mesmo a coligação que perdeu mais de 700.000 votos a nível Nacional e que levou a perder a maioria absoluta que tanto mal fez ao povo português, mesmo essa e com esses resultados, apareceu a cantar vitória.

Se tivermos em conta (e temos de ter) os resultados alcançados em 2011 pelo PSD E CDS, embora separados, nas Eleições de 2015, o CDS e o PSD juntos, ficaram com menos votos do que o PSD sozinho em 2011.

No nosso Concelho, a Coligação perdeu sucessivamente: em Alfena 881 votos; em Campo-Sobrado 576 votos; em Ermesinde 3.131; em Valongo 1.140 votos, o que dá uma perda total no Concelho de Valongo, de 5.728 votos.

Se estivermos atentos aos comentários e reações dos responsáveis destes partidos, que consideram este resultado, um reconhecimento do povo português pelo desempenho do Governo durante os 4 anos da última Legislatura; é caso para dizer: mas que grande reconhecimento.

E AGORA? ESTE RESULTADO SERVE PARA ALGUMA COISA?

É mais do que evidente que sim.

Nunca foi tão possível, perspectivar uma aproximação entre as forças que se posicionam na área da defesa dos direitos de quem trabalha, dos Reformados e Pensionistas, não só de defesa, mas também de consolidação de direitos alcançados que alguns teimam em considerar favores, esquecendo-se que são direitos de quem trabalhou e contribui toda a vida, e alcançados através de lutas e lutas, que se seguiram à negação desses mesmos direitos, nunca antes alcançados e que este último Governo espezinhou, ficando na história como o pior Governo nesse sentido.

E digo pior nesse sentido, porque há muita gentinha que se governou e saiu bem governado.

É agora tempo de aproveitar as condições proporcionadas para uma viragem.

Por parte do PCP, logo que possível e após o conhecimento dos resultados eleitorais, foi total a sua disponibilidade em contribuir para uma solução governativa e que virasse à esquerda o rumo dos acontecimentos, provando que sabemos estar à altura das responsabilidades, nos momentos em que isso nos é exigido.

CAMPO E SOBRADO NOVAMENTE A FREGUESIAS INDEPENDENTES

 Uma das frentes de luta a que nunca viramos a cara, é a da luta contra a eliminação de Freguesias, no nosso caso em concreto, Campo e Sobrado e pela reposição das mesmas como Freguesias independentes.

Com estas novas condições a nível da Assembleia da Republica, Sobrado e Campo só não voltam a ser Freguesias se as forças que derrotaram o actual governo não quiserem e não respeitarem os compromissos eleitorais.

A existência deste capítulo no mandato anterior, contou com a forte oposição do PCP.

Neste mandato e com aqueles que acabaram com as Freguesias de Campo e Sobrado em minoria, as populações têm que estar atentas e exigir que se cumpram as promessas.

Num artigo anterior e em que afirmava que na luta pela reposição das freguesias, nós não atirávamos a toalha ao chão.

Reitero novamente esse propósito, reafirmando que podem contar com o PCP; quer na Assembleia da Republica, quer com as suas organizações a nível concelhio e de Freguesia, com a forte convicção de que conseguiremos vencer esta Batalha.

Partilhar
Artigo anterior‘The Power of Compost!’
Próximo artigoA ilusão da obra feita
Vereador da Câmara Municipal de Valongo pela CDU - Coligação Democrática Unitária