À semelhança do que aconteceu nos concelhos de Lousada, Paredes e Penafiel, onde foram  destruídos 831 ninhos de vespa velutina no ano passado, uma descida face a 2021, já que também foram reportados menos casos, em Paços de Ferreira também foi mais baixo o número de ninhos identificado e eliminado.

Segundo a Câmara de Paços de Ferreira, em resposta ao Verdadeiro Olhar, em 2021 tinham sido reportados 381 casos e destruídos 364 ninhos. Já em 2022, foram 213 os ninhos de vespa asiática reportados e 197 os que foram eliminados pelas equipas. “Dos restantes, quatro estavam caídos e sem actividade e 11 estavam deteriorados e/ou sem actividade, sendo que um ficou pendente de eliminação para 2023”, justifica o município.

Sobre o número de ninhos identificados, a autarquia pacense fala em “oscilação”. “Registamos menos 100 casos em 2020, comparativamente a 2019, mas temos um aumento que quase duplicou em 2021. Já em 2022, evidenciamos um decréscimo substancial, nomeadamente 168, comparativamente a 2021”, lê-se na resposta. “Consideramos que existam alguns casos que não são reportados, porque não são visíveis, em virtude da sua localização, mas de difícil aferição em termos de quantidade, no entanto calculamos que será um número reduzido”, complementa a mesma fonte.

Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

As freguesias mais afectadas, no ano passado, foram Frazão (sem incluir Arreigada) com cerca de 11,64% dos ninhos, Paços de Ferreira com 11,21%, Freamunde 9,91%, Ferreira com 9,91% e Eiriz 9,48%. No total, perfazem “52,16%” das ocorrências de ninhos de vespa velutina registados no concelho.

Em Paços de Ferreira, “na grande maioria das situações”, os ninhos continuam a ser eliminados com recurso a um maçarico, acoplado a uma vara telescópica/extensiva para sua exterminação imediata.

“Quando não é possível usar a incineração, como acontece na maioria dos casos em que o mesmo se encontre no interior das habitações, recolhe-se o ninho para um saco e posteriormente é destruído pelo mesmo método. Alguns ninhos carecem apoio da auto-escada dos Bombeiros pela altura em que se encontram. Continuamos a equacionar a eliminação das vespas através de injecção de insecticida directamente no ninho, levada a cabo por meio de vara telescópica ou por tiro/dardo também com insecticida”, refere a Câmara.

Os trabalhos de eliminação de ninhos acontecem em período nocturno (depois do por do sol), normalmente após as 20h00, havendo saídas da equipa municipal todas as semanas.