Foi inaugurada, no sábado, a nova base operacional da Cruz Vermelha de Vilela, Paredes. O equipamento, orçado em cerca de 500 mil euros, foi financiado pela delegação de Paredes, pela Câmara Municipal e Junta de Freguesia.

A nova base operacional é constituída por consultórios médicos, gabinetes de enfermagem e dispõe de estruturas para facultar apoio psicossocial.

“A construção da nova base operacional foi o corolário de um longo processo, com cerca de oito anos, que contou com o apoio de várias instituições locais, e inclusive da Cruz Vermelha nacional, que vai estar ao dispor da comunidade”, disse o presidente da Cruz Vermelha de Vilela, salientando que as novas instalações vão proporcionar à comunidade valências que a instituição não dispunha e dar condições condignas aos voluntários.

“Foi um processo longo, mas que valeu a pena percorrer. Queremos continuar as prestar o nosso apoio à comunidade, prestar auxílio a todos os feridos, prevenir e aliviar o sofrimento humano, em todas as circunstâncias, e proteger a vida e a saúde”, disse Joaquim Dias.

O dirigente realçou ainda a presença da equipa de apoio psicossocial da Cruz Vermelha de Vilela e de vários elementos do socorro no apoio à comunidade de Pedrogão Grande, atingida, recentemente, por uma tragédia de proporções inusitadas que ceifou a vida a 64 pessoas.

A cerimónia da inauguração da nova base operacional da Cruz Vermelha de Vilela ficou também marcada pela bênção de uma ambulância de doentes não urgentes, que custou mais de 50 mil euros e foi apoiada pela Câmara de Paredes em 25 mil euros.

Joaquim Dias solicita apoio da câmara para aquisição de veículo de socorro

Joaquim Dias aproveitou a cerimónia para solicitar o apoio da autarquia na aquisição de mais uma ambulância de socorro, orçada em mais de 70 mil euros.

O presidente da Câmara de Paredes, Celso Ferreira, defendeu que a construção da nova base faz jus à dinâmica da delegação da Cruz Vermelha de Vilela. “O concelho de Paredes tem cerca de 90 mil habitantes, cinco corporações, tem duas delegações da Cruz Vermelha e é, muito provavelmente, no país um dos concelhos que melhor está preparado no domínio da protecção civil”, disse.

O autarca afirmou que, nos últimos 12 anos, a Câmara de Paredes injectou 1,5 milhão de euros na protecção civil do concelho, em obras e outros equipamentos. “A Cruz Vermelha de Vilela não ficou de fora deste pacote e o senhor Joaquim Dias sabe que sempre estivemos ao lado da Cruz Vermelha de Vilela. Por isso, entrego um cheque no valor de 25 mil euros para ajudar na aquisição deste veículo, porque trata-se de um equipamento para a vida”, justificou.

Presidente da Cruz Vermelha destacou missão da instituição

O presidente Nacional da Cruz Vermelha, Luís Barbosa, recordou o papel e a prestação da Cruz Vermelha nos acontecimentos dramáticos de Pedrogão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra.

“O que aconteceu nestas localidades pode abrir-nos os olhos para dizer se devemos ou não enfrentar a emergência do século XXI em novos moldes, de novas maneiras, de maneira a sermos mais eficazes e julgo que a Cruz Vermelha no seu apoio aos seres humanos tem demonstrado boa organização e essa capacidade”, expressou, salientando que o discernimento na actuação deve-se à boa vontade dos profissionais e aos voluntários.

“É preciso analisar os problemas com calma. Na Cruz Vermelha respeitamos os princípios da neutralidade e da independência. Abstemo-nos de tomar parte em hostilidades ou em controvérsias de ordem política, racial, filosófica ou religiosa”, referiu Luís Barbosa.

A delegação de Vilela – Paredes da Cruz Vermelha Portuguesa é uma unidade de emergência local que têm vindo a crescer de forma sustentada. Actualmente, a delegação é constituída por cerca de 93 membros activos (entre voluntários e assalariados), integrando além da equipa de socorro e transporte, um posto de reserva INEM, bem como, equipas de resposta ao nível do apoio psicossocial, apoio à sobrevivência, juventude e acção social.

A Cruz Vermelha de Vilela foi fundada em 26 de Junho de 1987.