Estamos num momento crucial da História Mundial. Apesar de imperfeita, a analogia da invasão dos Sudetos por Hitler em 1938, é por demais evidente enquanto lição histórica.

Putin procura derrubar a ordem Europeia, seja pela reconstrução de um império czarista, seja pelas velhas queixas que o povo russo tem vindo a expor e que, apenas, se devem ao comportamento passado dos seus políticos. A política de “terra queimada” que destruiu a Crimeia e conduziu à sua anexação, e a intervenção na Síria, é demonstrativa desse teste que Putin vem realizando aos países Ocidentais e às suas democracias.

Tentar repelir os projetos abjetos deste homem pela força das sanções, longe de o penalizar, destrói o povo russo, incapaz de se revoltar perante a crueldade da atuação judicial e policial a que se assiste. A Rússia é, atualmente e efetivamente, um Estado Totalitário, bem longe da democracia que alguns apologistas teorizam nos comentários televisivos. Só por si, as sanções são inadequadas a cumprir a tarefa de dissuasão e contenção das aspirações de Putin…

O Ocidente não pode, pois, permitir a invasão ilegal de Putin à Ucrânia, tal como nunca deveria ter permitido que tal sucedesse na Crimeia. De outro modo, a seguir à Ucrânia virão a Moldávia, os Países Bálticos ou a Polónia, até que o dito império czarista esteja novamente montado.

Por esse motivo, urge uma tomada de posições, por parte da NATO, na Ucrânia (com a devida autorização dos seus órgãos democráticos) mas longe do centro de operações atuais dos russos e no Mar Negro. Esta seria uma demonstração de força e demonstraria a Putin que os países ocidentais não toleram o redesenhar de fronteiras nem, tão-pouco, um dos maiores derramamentos de sangue e fuga de refugiados desde 1945.