O 70.º aniversário do Museu Arqueológico da Citânia de Sanfins, em Paços de Ferreira, é assinalado no próximo sábado, dia 13, com uma sessão comemorativa e várias palestras.

Pelas 10h30 haverá uma reunião da Rede de Castros do Noroeste e, às 15h00, uma sessão com a presença de António Ponto, director regional da Cultura do Norte, e de Humberto Brito, presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira.

Entre as intervenções previstas estão a de Armando Coelho, director do Museu Arqueológico da Citânia de Sanfins, que vai falar da importância deste museu na história da arqueologia e da museologia portuguesa. Álvaro de Brito Moreira, director do Departamento de Cultura da Câmara Municipal de Santo Tirso e director do Museu Abade Pedrosa e do Museu de Escultura Contemporânea de Santo Tirso, vai falar da renovação do Museu Abade Pedrosa, enquanto Luís Raposo, presidente do Conselho Internacional de Museus ICOM – Europa, abordará o papel dos museus para o desenvolvimento económico, social e cultural dos territórios.

O Museu Arqueológico da Citânia está instalado em Sanfins de Ferreira, na proximidade da Citânia, num edifício barroco, conhecido por Casa da Igreja ou Solar dos Brandões, que, com a antiga igreja e residência paroquial, constituem um conjunto arquitectónico de interesse histórico local.

Foi fundado em 18 de Outubro de 1947, ocupando uma sala de disponibilizada pelos proprietários do solar, mas foi solenemente inaugurado em 14 de Janeiro de 1984, após aquisição da Câmara Municipal de Paços de Ferreira.

Projectado como centro de estudo, conservação, exposição e valorização da Citânia de Sanfins e do património arqueológico do conselho, este Museu realiza actividades de investigação especializada, apoio pedagógico, divulgação científica e intervenção cultural.

O espaço foi reformulado em 1995, com o apoio de fundos comunitários. A área de exposição ocupa o edifício principal do Solar dos Brandões; a reserva e a unidade de investigação e administração estão instaladas na antiga residência paroquial e a Igreja Velha serve de auditório e espaço para exposições temporárias. Nos anexos está instalada a casa do guarda, alojamento e outros serviços de apoio.

A exposição permanente mostra o espólio das escavações da Citânia de Sanfins e os materiais arqueológicos recolhidos na área do concelho de Paços de Ferreira, documentando inúmeros vestígios das comunidades implantadas na região desde o Neolítico.