Faleceu o artista plástico Eurico Gonçalves. Tinha 90 anos e era natural de Abragão, Penafiel.
O velório acontece, amanhã, na Basílica da Estrela, em Lisboa, sendo sepultado no jazigo de família, em Penafiel, na quarta-feira.
A Câmara de Penafiel já emitiu uma nota de pesar em que “lamenta profundamente o falecimento do pintor e professor Eurico Gonçalves, cidadão honorário de Penafiel e uma figura incontornável na educação artística em Portugal”. “Em nome do Município, o Presidente Antonino de Sousa apresenta as mais sentidas condolências à família e amigos”, lê-se em nota enviada.
Eurico Gonçalves foi pintor, professor e crítico de arte. Segundo a Infopédia, aderiu ao surrealismo em 1949 e, em 1950/51, escreveu e ilustrou numerosas narrativas de sonhos, textos automáticos e poemas, compilados em quatro cadernos manuscritos, parte deles posteriormente recuperados, numa edição de luxo. A partir de 1964, iniciou a publicação de artigos de divulgação e estudos sobre a expressão livre da criança, o dadaísmo, o “zen”, e a Escrita. Em 1966/67, foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, em Paris, onde trabalhou com o pintor Jean Degottex.
Em 1998 foi distinguido com o Prémio Almada Negreiros, atribuído pela Fundação Cultural Mapfre Vida a pintores portugueses.
Participou em inúmeras exposições de arte portuguesa e internacional e a sua obra encontra se representada, nomeadamente, no Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian, no Museu do Chiado, na Culturgest, Lisboa, no Museu Amadeo de Souza Cardoso, Amarante, e na Fundação Cupertino de Miranda, Famalicão.
* Notícia actualizada com o voto de pesar da Câmara de Penafiel
