A tragédia que assolou Moçambique não deixou ninguém indiferente.

O ciclone Idai, deixou um rasto de destruição incalculável, para desespero de milhares de pessoas que perderam tudo.

Além das vítimas humanas já confirmadas, há ainda um número considerável de desaparecidos, bem como pessoas com estados de saúde muito debilitados, que se poderá agravar fruto das epidemias e doenças que advirão.

A natureza apesar de pródiga, tem de quando em vez salpicos de epilepsia destruidora e assassina, e, Moçambique, assim como os territórios vizinhos foram apanhados nesta intempérie sem paralelo.

Contudo, além de lamentarmos as muitas perdas humanas em consequência deste ciclone, deve-se realçar a solidariedade da comunidade internacional em geral, e claro está, de Portugal em particular.

Na área afectada pelo ciclone (Sofala), há registos de cerca de 2500 Portugueses, sendo que até à data e felizmente, ainda não se contabilizou qualquer vítima mortal nacional, apesar de ainda se ter 9 portugueses incontactáveis.

As mensagens de apoio que chegaram de todo o lado são verdadeiramente notáveis, e cada um com as suas limitações, mas com uma vontade enorme de ajudar têm contribuído para minorar o sofrimento de milhares de pessoas naquela região.

Desde autarquias, a diversas organizações e associações, a disponibilidade e vontade em ajudar das mais diferentes formas é realmente encorajadora para o renascimento daquele território.

Também o concelho de Penafiel se associou a esta onda nacional de solidariedade que a todos apraz sublinhar e registar.

Criando uma rede com as diversas freguesias e associações do concelho, mais uma vez Penafiel que tem uma idiossincrasia muito particular e um espírito solidário muito forte, estabeleceu uma prioridade humanitária importante que se deve enaltecer.

Com um trabalho árduo e certamente duradouro pela frente, as organizações internacionais, grupos de voluntários, forças armadas e demais envolvidos têm um papel chave na ajuda e posterior reconstrução de um território do globo, que não raras vezes se vê assolado com fenómenos naturais devastadores.

António Guterres, insigne português que desempenha um dos mais prestigiados cargos internacionais, como Secretário-geral da ONU, deixou igualmente não só palavras de conforto e solidariedade, mas essencialmente o compromisso de apoio e envolvimento das Nações Unidas, para que Moçambique recupere da imensa tragédia que devastou o país, mormente a zona da Beira.

Só sentindo e ouvindo os relatos dos afectados se tem realmente noção da dimensão da tragédia.

Moçambique tem pela frente dias difíceis, e os olhos do Mundo estão concentrados naquela região do Globo, que precisa urgentemente quase de tudo, nas cidades que foram literalmente “varridas e engolidas” pelas águas.

Citando Franz Kafka: “A solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana”, e, na verdade, os moçambicanos e os oriundos daqueles territórios merecem e precisam de toda a nossa solidariedade e amizade.