A 46.ª edição da Capital do Móvel – Feira de Mobiliário e Decoração foi inaugurada no sábado, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva. O certame decorre até ao próximo dia 10 de Abril, no Parque de Feiras e Exposições de Paços de Ferreira.

O governante aproveitou a oportunidade para falar do crescimento das exportações no país. Citando dados do Banco de Portugal, Santos Silva diz que o país continua “numa rota firme de crescimento da economia e de crescimento do sector exportador”.

 

AEPF aguarda pagamento de subsídios de internacionalização relativos a 2012 e 2013

Segundo dados do Banco de Portugal, em 2008, as exportações portuguesas valiam 30% da riqueza criada no país. “Em 2015, pela primeira vez, as exportações ultrapassaram os 40% do Produto Interno Bruto”, destacou o ministro. O resultado é “excelente”, sobretudo quando as previsões apontam para um crescimento até aos 42% em 2018. Ainda assim, Santos Silva disse-se “insatisfeito”. “O crescimento previsto não chega para compensar a perda de emprego e o nosso objectivo é querer mais. Quero que o sector valha mais que os 42% e que o crescimento da economia se faça a um ritmo superior”, sustentou.

O ministro dos Negócios Estrangeiros prometeu ainda ao presidente da Associação Empresarial de Paços de Ferreira (AEPF) informar-se sobre duas questões levantadas. Minutos antes, Rui Carneiro falava da importância do sector e da vivacidade da feira de mobiliário que promovem, apesar da crise, mas não se esqueceu também de lamentar que os apoios às empresas do mobiliário e à sua promoção além-fronteiras se mantenham aquém dos concedidos a outros sectores. “A AEPF ainda não recebeu os subsídios dos projectos aprovados para a internacionalização relativos a 2012 e 2013. Esses subsídios têm que ser entregues às empresas”, criticou ainda o presidente da AEPF. “Cuidarei de saber sobre o processamento dos subsídios devidos e como é que o sector do mobiliário está a ser encarado na realização das missões empresariais”, respondeu Santos Silva.

No seu discurso, Rui Carneiro salientou que o mobiliário é dos sectores tradicionais que mais exporta, a par do têxtil, do vestuário e do calçado. “Não é por acaso que somos a Capital do Móvel”, defendeu, falando da inovação, qualidade e design do mobiliário local.

Presente na sessão, também o presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira elogiou as empresas do concelho e pediu mais reconhecimento público para estes empresários e que “se criem apoios para que prossigam a sua actividade com alto nível de eficiência”. Dizendo-se confiante no futuro de Portugal e de Paços de Ferreira, Humberto Brito lembrou que tem dedicado grande parte do mandato ao combate ao desemprego e que “o município foi o que mais reduziu a taxa de desemprego, em 2014 e 2015, entre os 86 da região Norte”.

 

Ministro presidiu ao lançamento de Centro Empresarial

Ainda antes de inaugurar a 46.ª Capital do Móvel, o ministro dos Negócios Estrangeiros presidiu ao lançamento do Centro Empresarial – CEME de Paços de Ferreira, em Frazão.

O espaço, que vai permitir a instalação de indústrias, comércio e serviços, nasce de um projecto de duas empresas do concelho e está previsto um investimento de seis milhões de euros, em duas fases. “Este espaço tem uma estimativa de atracção de 400 postos de trabalho distribuído por 20 fracções numa área coberta de 15.000 metros quadrados de um total de 30.000 metros quadrados”, refere a autarquia.