A 30 de Janeiro, somos chamados a escolher quem queremos à frente do nosso país nos próximos anos. E não são quatro anos quaisquer…

Por um lado, são os quatro anos do PRR, da “bazuca” europeia, de milhões que vão encher os nossos bolsos (ou assim quis António Costa, na campanha para As autárquicas, dar a entender). Mas, por outro, são os quatro anos após uma pandemia. Ninguém sabe muito bem o que isto quer dizer e, por algum tempo, achámos que ía “ficar tudo bem”, também em termos económicos. Mas agora começam a haver sinais preocupantes: a crise das matérias primas, a falta de mão-de-obra, o aumento dos preços, o aumento dos preços dos combustíveis, o aumento descomunal nos preços dos transportes de mercadorias, os avisos de que as taxas de juro poderão ter que começar a subir e que as famílias poderão não aguentar…

Não percebo muito de economia, mas tenho cá para mim que não saímos da pandemia, em termos económicos, tão “bem” quanto nos fizeram crer…

E também não sei se o PRR vai ser a salvação da pátria…

O que sei é que, se as coisas descambarem e tivermos uma nova crise económica, vamos novamente entrar em zonas movediças. É verdade que esta é uma crise global. Mas não estamos todos no mesmo barco. A verdade é que Portugal não aproveitou os anos de vacas gordas para fazer reformas. Portugal não aproveitou para reduzir a dívida pública (pelo contrário, a dívida pública, em termos absolutos, continuou a aumentar). Portugal não aproveitou para reformar os serviços públicos e torná-los mais eficientes (factor, na minha opinião, essencial num país desenvolvido). Este Governo preocupou-se apenas em garantir o apoio da esquerda e em governar para garantir votos.

Mas os próximos tempos exigem um líder que governe para o País e não para os votos.Esse líder não é António Costa!

A alternativa é, sem sombra de dúvida, o PSD.

Podem dizer que o PSD está uma confusão, com o combate interno Não está! O PSD está a passar por um processo normal em democracia, o debate de ideias, que apenas não é normal num PS onde reina a lei da rolha. E é neste debate de ideias, nesta pluralidade do PSD que está a sua riqueza. No PSD, não há líderes absolutos que não podem ser contestados! Há líderes que servem o país e o partido e que, como servem, estão sempre sujeitos à crítica.

Rui Rio e Paulo Rangel são muito diferentes. Mas têm em comum algo que tem sido a matriz do PSD: a governação serve o País. Nunca o contrário.

Os próximos quatro anos tanto podem ser de grande desenvolvimento como de grande crise. Se forem de crise, precisamos de um líder forte, capaz de governar sem dinheiro. Se forem de desenvolvimento, precisamos de um líder que, finalmente, adopte as medidas necessárias para reformar Portugal, diminuir a dívida, aumentar a produtividade e criar riqueza.

Em qualquer dos casos, e como já alguém disse, precisamos de um estadista que governe para as próximas gerações, e não para as próximas eleições.

Não sei quem vai ganhar as directas no PSD. Mas sei que, tanto Rangel como Rio serão capazes de ser este líder que Portugal precisa.