Ladrões levaram cofre de 500 quilogramas com 6.000 euros da Casa do Povo de Sobreira

Tudo aconteceu esta madrugada e lá dentro estavam também todos os documentos históricos da instituição. Responsáveis falam em “machadada” no trabalho que estavam a conseguir desenvolver

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Um grupo de assaltantes levou, esta madrugada, um cofre com cerca de 500 quilogramas com 6.000 euros e todos os documentos históricos da instituição da sala da direcção da Casa do Povo de Sobreira, em Paredes.

“Fomos alertados por um vizinho que viu a porta estroncada. Rebentaram com a porta para entrar e o sítio onde estava o cofre estava vazio. Teve de ser muita gente. Duas ou três pessoas não conseguiam tirar de lá o cofre”, explica Rui Mendes, da comissão administrativa.

O espaço assaltado fica ao lado do pavilhão Ernesto Silva, junto a um café e um pronto-a-vestir. “O dono do café fechou por volta das três horas, por isso, tudo terá acontecido até às sete, porque aquilo teve de fazer muito barulho”, refere a mesma fonte.

A instituição estava já a falar com uma empresa para levar o cofre para novas instalações. Dentro, estavam cerca de 6.000 euros e “a vida toda da Casa do Povo”. “Era tudo o que tínhamos para pagar as despesas a curto prazo. Foi uma machadada muito grande porque herdamos uma situação complicada e agora tínhamos os pagamentos todos em dia”, sustenta Rui Mendes. “Vamos ter de cumprir com os pagamentos de água, luz, gasóleo para a caldeira, a manutenção do pavilhão, pagamentos a treinadores, a zeladores e a pessoas de limpeza”, assumiu. “Isto vai dificultar muito os próximos tempos. 6.000 euros numa instituição com esta é muito dinheiro. É uma fatia significativa do orçamento”, lamenta o responsável.

Os ladrões, remexeram tudo mas deixaram para trás o computador, uma impressora e uma máquina de café nova, demonstrando que o objectivo era mesmo o roubo do cofre.

Lá dentro estavam todos os documentos históricos da Casa do Povo da Sobreira, o que é também uma grande perda para a instituição. “Estavam lá documentos com 50 anos. As escrituras, livros de actas, vários testemunhos históricos”, aponta Rui Mendes.

Segundo o membro da comissão administrativa ainda não perderam a esperança de recuperar os itens roubados e situações como esta desmotivam, mas não vão pôr em causa o trabalho em curso.

A GNR esteve no local a recolher indícios e está a investigar.