A coligação Juntos por Paredes, que junta o Nós Cidadãos e o Aliança, defende que são necessárias “medidas urgentes de apoio às famílias paredenses” devido à inflação “galopante” que o país atravessa.

Segundo Manuel Pinho, foram apresentadas propostas para o Orçamento de 2023 da Câmara de Paredes. Uma delas pede a redução da participação do município no IRS para 4% e, outra, o congelamento do valor das rendas municipais em 2023.

Além disso, de acordo com comunicado, a Coligação propõe a implementação automática da tarifa social de água e saneamento e a devolução do valor pago em 2022, assim como a criação de lojas solidárias para apoio alimentar, fornecendo bens de primeira necessidade, principalmente para crianças carenciadas.

Na habitação social, Manuel Pinho, do Juntos por Paredes, pede que a Câmara seja mais ambiciosa e duplique o valor previsto – 11 milhões de euros – aproveitando os fundos do Plano de Recuperação e Resiliência.

Para apoiar os jovens na compra de casa, o Nós Cidadãos/Aliança propõe “a isenção de IMT para os jovens até aos 35 anos, a isenção do IMI por dois anos, para além do período já contemplado na lei, e a isenção de taxas de licenciamento para jovens que pretendam construir ou renovar imóveis no concelho”. Em nota enviada, esta coligação quer ainda que o valor do orçamento participativo jovem aumente para os 20 mil euros.

Nestas medidas apresentadas ao executivo socialista com vista a serem incluídas no orçamento para o próximo ano, o Juntos por Paredes volta a defender a utilização gratuita dos transportes públicos para deslocações no concelho, para cidadãos de idade superior a 65 anos, e também para os menores de 23. “Propõe ainda que o município invista em veículos movidos a energias menos poluentes sempre que seja necessário renovar a frota e que se crie uma rede de postos públicos de carregamento de veículos eléctricos e isenção de pagamento de estacionamento municipal para estes veículos”, refere nota.

Resolver o problema da água e saneamento, dar descontos para incentivar a separação de resíduos, aumentar o número de ecopontos, implementar comunidades energéticas no concelho e continuar a política de redução do consumo de energia, são algumas das propostas na área do ambiente.

Manuel Pinho quer também “a construção de um edifício destinado ao ensino das artes, que poderá congregar música, dança, teatro e outras manifestações culturais” e sugere “o terreno anexo às piscinas municipais de Paredes” para esse efeito. A par disso, defende a requalificação das piscinas municipais e do campo de ténis e a criação de um complexo desportivo e cultural junto ao Pavilhão Rota dos Móveis, com piscina interior, exterior, ginásio e recintos polidesportivos, para a prática de actividades outdoor, assim como a retoma dos investimentos na Cidade Desportiva de Paredes.

Segundo a coligação, são necessários mais apoios para os bombeiros, a criação de um regulamento municipal com todos os benefícios e que sejam pagos os 50% correspondes à responsabilidade financeira da autarquia para com as Equipas de Intervenção Permanente. “Esse valor não deve ser substituído pelo atual subsídio às corporações”, salienta em comunicado.

Manuel Pinho também sustenta que é preciso acabar com as verbas “ilusórias” incluídas na rubrica receitas, actualmente a rondar os 11 milhões de euros, que seja divulgado o valor real do passivo municipal e que haja mais transparência nas contratações.

“Para que os cidadãos se sintam mais próximos dos órgãos de decisão a coligação quer ver uma rede de gabinetes de apoio ao munícipe nas freguesias do concelho”, conclui o documento.