Diogo Marques Pereira vive em Penafiel e sonha com uma carreira no mundo da música.

Participou em alguns programas de televisão e tem vindo a crescer musicalmente desde então. Aposta na composição das suas próprias canções e vai lançar, em breve, um E.P. (disco).

Entre alguns concertos, vai tocar no dia 25 de Agosto, na Agrival, em Penafiel, e tocou recentemente na Queima das Fitas de Vila Real, já tendo “mais alguns” agendados para o próximo mês, de acordo com o jovem.

 

“Sou uma pessoa que não pára de tentar. Sou muito persistente”

Diogo Marques Pereira tem 19 anos, estuda Direito, no Porto “porque é o que realmente quer para além da música”. “A Escolha” poderá ser o nome do E.P. que está prestes a sair para o ajudar a escolher o que vai fazer no futuro. “Vai ser difícil conciliar as duas coisas, por isso vou ter que escolher”, disse o jovem.

Aos 12 anos, o jovem “cismava que queria uma guitarra” e o pai deu-lha depois de uma viagem com a mãe ao Brasil. A partir daí Diogo cismou também em aprender sozinho, considerando-se um autodidacta. “De um momento para o outro descobri que sei cantar, aprendi umas quatro ou cinco notas na igreja, mas segui sempre sozinho”, acrescentou.

Aos 15 anos, começou a ver o talento de forma mais séria e decidiu tentar a sorte em programas de música como Rising Star e, mais tarde, os Ídolos. Embora tenha chegado longe, em ambos, “correu mal”. Nos Ídolos diz que “não estava preparado e que se sentia desmotivado” depois da experiência anterior.

A primeira vez que Diogo se apresentou perante o público foi num casamento, motivado pelo pai que lhe disse “ se fores cantar, dou-te uma bicicleta”. No fim, fez-se silêncio e Diogo sentiu vergonha, mas quando as palmas surgiram, tudo se tornou diferente.

A segunda experiência mais marcante surgiu na escola, em Filosofia, numa aula em que a professora motivava os alunos a levar um objecto marcante. O jovem decidiu levar a guitarra. Cantou e tocou em frente à turma. Pelo que diz, correu tão bem que no fim, depois das palmas, a professora aconselhou-o para que mudasse de curso e seguisse artes, já que lhe está no sangue.

Diogo seguiu sempre “uma carreira a solo”, só recentemente, com a música “Rosas”, se juntou com o amigo e colega David. Esta música “nasceu de um momento para o outro, sem contar”, numa tarde de descontracção entre amigos.

Mais recente, ainda, é a música Sarar. Em todas as músicas o jovem tenta exprimir o que sente porque, para ele, “a música, esquecendo a voz e os tons que tens que atingir, é a mensagem que consegues passar.” Por isso as primeiras músicas tenderam a exprimir desgostos amorosos, em que Diogo diz “ter pegado nos sentimentos todos”, colocando-os no papel.

Para além das canções que já tem, o músico tem já outra “no forno, prestes a sair” e pronta a entrar para o seu E.P., que se torna no seu próximo objectivo. “Se correr bem, avanço para o álbum”, adiantou.

O jovem músico auto-caracteriza-se como sendo muito confiante porque “meio caminho andado para o sucesso é conseguir sentir o que se escreve”.

Sempre que canta, os nervos não se fazem sentir na voz, porque os aprendeu a controlar, mas continua a senti-los sempre da mesma forma quer seja para uma ou mais pessoas.

As redes sociais têm vindo a ajudar o artista a afirmar-se. Quer através do Facebook, quer através do YouTube o fãs têm vindo a crescer, dando-lhe a opinião música após música. Também nas rádios regionais a música tem vindo a passar, mas o jovem sente mais impacto fora das redondezas. “No dia em que lancei a ‘Sarar’ recebi muitas mensagens e não consegui sequer responder a tudo”, comentou.

Resumidamente, Diogo diz que tem feito abertura de concertos de alguns artistas como vai ser o caso da Agrival, no dia 25 de Agosto, em que vai tocar antes de João Pedro Pais, e como foi o caso da Queima das Fitas de Vila Real, este ano, em que cantou antes de Diogo Piçarra e Valas. “Se entre dez ou 15 pessoas das mil que me ouvem [nesses concertos] me seguirem, com o tempo acredito que dê em alguma coisa”, assumiu confiante o jovem.

Para já, Diogo não quer abdicar nem da música nem do seu curso porque não sabe, ainda, “o que o faz realmente feliz e, por isso, “está a deixar-se levar, tentando conciliar as duas”.

O jovem resume-se como sendo “uma pessoa que não pára de tentar”. “Sou muito persistente”, afirmou. Depois de ter passado pelas experiências que passou, em que “toda a gente pensava que ia passar à fase final dos concursos”, o artista diz que “foram decisivas para ser quem é hoje”, já que levou com um ‘não’ em todas e isso fez com que caísse e ganhasse força para se levantar e isso ajudou-o a amadurecer.

Diogo Pereira diz que se não fosse todo o apoio incondicional e permanente da família, dos amigos, e do seu produtor Ricardo Fialho, não teria chegado até aqui, sempre com consciência de que quer ir mais longe. “A minha família apoia-me e dá-me força para seguir em frente. Não há famílias assim”, finalizou.