Terminada a época crítica de incêndios florestais, este ano prolongada até 15 de Outubro devido às condições climatéricas, é altura de balanços. Dados definitivos ainda não há.

Mas os números provisórios deixam a maioria das corporações da região com uma conclusão: este Verão houve mais ocorrências que em 2015 e a área ardida é muito superior à do ano passado.

Os números recolhidos pelo VERDADEIRO OLHAR mostram que arderam mais de 5.660 hectares em Lousada, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Valongo. Segundo estes dados, Lousada foi o concelho com maior área queimada.

Um relatório provisório do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas mostra que, entre 1 de Janeiro e 30 de Setembro, foram registadas 12.489 ocorrências de incêndios florestais a nível nacional, que resultaram em 150.364 hectares de área ardida. O Porto foi um dos distritos com maior número de ocorrências. 33 dos grandes incêndios (superiores a 100 hectares) deste ano foram neste distrito e 10 deles na região.

Fique a conhecer os números de cada concelho.

Área ardida mais que duplicou em relação a 2015

Embora a chuva dos últimos dias já quase nos tenha feito esquecer a difícil época de incêndios que o país enfrentou este ano, os números não mentem. Terminou, no sábado, o período crítico de incêndios florestais e os dados provisórios comprovam o que todos foram vendo pelas imagens de casas rodeadas pelas chamas, de bombeiros exaustos e de extensas manchas de floresta e mato a arder. Em relação a 2015, este ano mais que duplicou o número de hectares de área ardida. Se no ano passado os relatórios apontam para 62,4 hectares de área ardida, em 2016 esses números sobem para os 150,4 hectares, apesar de o número de ocorrências ter baixado (das 16.090 para as 12.489).

“Comparando os valores do ano de 2016 com o histórico dos últimos 10 anos destaca-se que se registaram menos 24% de ocorrências relativamente à média verificada no decénio 2006-2015 e que ardeu 112% mais área do que a respectiva média nesse período. O ano de 2016 apresenta, desde 2006 (até ao dia 30 de Setembro), o quarto valor mais baixo em número de ocorrências e o valor mais elevado de área ardida”, explica o relatório divulgado pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas.

Os distritos com maior número de ocorrências foram Porto (3.911), Braga (1.407) e Aveiro (1.072), embora na sua maioria sejam fogachos, ou seja, ocorrências de reduzida dimensão que não ultrapassam 1 hectare de área ardida. No distrito do Porto a percentagem de fogachos é de 86%. Aveiro foi o distrito mais afectado no que concerne à área ardida – 41.330 hectares -, cerca de 28% da área total ardida até à data em Portugal Continental. Segue-se Viana do Castelo, com 31.422 hectares, e Porto, com 14.314 hectares.

33 grandes incêndios no distrito do Porto, 10 deles na região

Segundo o relatório, até 30 de Setembro tinham sido registados em Portugal 184 grandes incêndios, ou seja, incêndios em que a área total afectada foi superior a 100 hectares. Nestes fogos arderam mais de 131 mil hectares de floresta, representando 87% de toda a área ardida.

No distrito do Porto, foram registados 33 grandes incêndios, 10 deles em concelhos da região.

Em Lustosa, Lousada, arderam 355 hectares no início de Agosto. Paços de Ferreira teve o seu maior incêndio em Penamaior (158). Os bombeiros tiveram que fazer face a três incêndios de grandes dimensões em Paredes: Sobreira (238), Sobrosa (169) e Baltar (116). Em Penafiel, o relatório aponta nesta lista fogos florestais em Abragão (176), Vila Cova (157), Milhundos (149) e Marecos (128). Por fim, em Valongo, houve um grande incêndio com 109 hectares de área ardida.

Foram ainda afectados concelhos como Amarante, Marco de Canaveses, Gondomar, Baião, Trofa e Santo Tirso.

Lousada com cerca de 2.000 hectares de área ardida

Na região, há muitos dados que ainda estão em processo de validação, mas as 13 corporações de bombeiros de Lousada, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Valongo, assim como os serviços de protecção civil de algumas das autarquias destes concelhos, vão adiantando números provisórios que deixam antever uma realidade semelhante à do país: a área ardida cresceu. Na maioria das corporações cresceu ainda o número de ocorrências registadas, ao contrário do que aconteceu a nível nacional.

Em Lousada, Albano Teixeira estima que a área ardida ronde os 2.000 hectares. Na área de influência dos Bombeiros Voluntários de Lousada existiram 297 ocorrências, sendo Lustosa e Barrosas, Silvares, Pias, Nogueira e Alvarenga e Figueiras e Covas as freguesias com maior volume de incêndios e fogachos registados.

Segundo o comandante da corporação lousadense, apesar de não haver números definitivos, Lustosa e Barrosas; Caíde de Rei; Silvares, Pias, Nogueira e Alvarenga; Sousela; Figueiras e Covas e Cernadelo são as freguesias com maior área ardida.

“A área ardida é muito maior que a do ano passado, cresceu cerca de 57%”, explica Albano Teixeira. Da mesma forma, cresceu o número de ocorrências, que passou das 226 para as 297.

Em Lousada, houve cinco bombeiros feridos a registar, quase todos sem gravidade. De realçar a queda de um bombeiro num poço com cerca de 30 metros quando combatia um incêndio em Cernadelo.

Número de ocorrências e área ardida em Lousada
N.º de ocorrênciasÁrea ardida (hectares)
Aveleda6---
Caíde Rei18---
Lodares17---
Macieira11---
Meinedo17---
Nevogilde14---
Sousela22---
Torno4---
Vilar do Torno11---
Lustosa e Barrosas66---
Nespereira e Casais8---
Silvares, Pias, Nogueira e Alvarenga35---
Cernadelo, S.Miguel e Stª Margarida16---
Figueiras e Covas32---
Cristelos, Boim e Ordem20---
TOTAL2972.000*
*A área ardida ainda está em processo de validação, mas o comandante da corporação adianta que rondará este valor

847 hectares ardidos em Paços de Ferreira

Em Paços de Ferreira, o número de hectares ardidos rondará os 847, mostram as contas provisórias dos Bombeiros Voluntários de Paços de Ferreira e dos Bombeiros Voluntários de Freamunde.

Na área de influência da corporação de Paços de Ferreira, terão ardido cerca de 123,86 hectares, sendo as freguesias de Penamaior e Paços de Ferreira as mais afectadas. Segundo a corporação, os incêndios de maior proporção registados aconteceram em Meixomil, Penamaior e em Paços de Ferreira (Alto de Modelos). “A área ardida é superior à do ano passado, no entanto o número de ocorrências é menor”, sustenta o adjunto de comando Jorge Santos. Houve dois feridos ligeiros a registar.

Nas freguesias a cargo dos Bombeiros de Freamunde, a área ardida estimada em 2016 é de 723 hectares, num “aumento de aproximadamente 500 hectares em relação a 2015”, explica o comandante Mendonça Pinto. Com os dados ainda por validar, a corporação não adianta para já qual a área ardida e o número de ocorrências por freguesia. Mas, no global, houve um total de 342 ocorrências de fogos florestais em 2016, um grande aumento face às 210 registadas em 2015, refere o comandante. O período de combate a incêndios terminou com três bombeiros feridos sem gravidade, dois por exaustão e um devido a uma queda.

Segundo Mendonça Pinto, foram detectadas algumas lacunas: “A falta de meios foi evidente, estando já este comando a analisar a possibilidade de se reforçar com mais um veículo florestal”, adianta.

Número de ocorrências e área ardida em Paços de Ferreira
N.º de ocorrênciasÁrea ardida (hectares)
Carvalhosa13*0,43*
Eiriz------
Ferreira7*1,88*
Figueiró------
Frazão/Arreigada22*3,16*
Freamunde------
Meixomil6*3,11*
Paços de Ferreira9*45,16*
Penamaior19*64,12*
Raimonda------
Sanfins, Lamoso e Codessos------
Seroa6*6,00*
TOTAL----847**
*Dados provisórios avançados pelos Bombeiros Voluntários de Paços de Ferreira; as freguesias sob a alçada dos Bombeiros Voluntários de Freamunde ainda não têm dados validados
**Estimativa de área ardida em todo o concelho (baseada em dados das corporações de Freamunde e Paços de Ferreira)

Mais de 1.200 hectares de área ardida em Paredes

Segundo os dados cedidos pela Protecção Civil da Câmara Municipal de Paredes, que, para já, apenas contabilizam os incêndios que decorreram até 18 de Setembro, arderam no concelho cerca de 1.234 hectares de floresta e mato, num total de 648 ocorrências registadas. O número de ocorrências desce, no entanto, para as 583, dado que houve 65 falsos alarmes, explica o relatório provisório.

Entre as freguesias com maior área ardida estão Sobreira, Recarei, Rebordosa e Baltar. Paredes foi a que registou mais ocorrências.

As corporações de Paredes são também unânimes a apontar um maior número de ocorrências no concelho.

“A área ardida foi superior, bem como o número de ocorrências, que foi muito superior”, destaca o comandante dos Bombeiros Voluntários de Baltar. Delfim Cruz diz que os piores incêndios que a corporação enfrentou este ano foram em Recarei, na zona de Terronhas e Bustelo, e em Baltar, da serra do Cruzeiro até Vila Cova de Carros.

“Devido à simultaneidade de incêndios no distrito, nos grandes incêndios houve dificuldade em ter o apoio com meios adequados, como foi o que aconteceu no incêndio de Recarei, em que houve grande dificuldade em apoio com veículos de combate a incêndios florestais”, explica.

Foto: Roberto Bessa Moreira/Verdadeiro Olhar

“A falta de limpeza das matas, nomeadamente junto das habitações, também dificultou bastante o combate aos incêndios”

Também com maior área ardida na sua zona de actuação e mais ocorrências em relação a 2015, a corporação de Cete atribui os resultados às “altas temperaturas, ventos fortes e também ao Inverno chuvoso” que fez com que mato e arvoredo crescessem. “A falta de limpeza das matas, nomeadamente junto das habitações, também dificultou bastante o combate aos incêndios”, refere José Luís Silva. O ano de 2016 não foi fácil, com os Bombeiros de Cete a enfrentarem falta de meios para acorrer a tantos incêndios em simultâneo, a ter avarias em carros de combate a incêndio e a encontrarem caminhos cortados com valas ou pedras. Dois bombeiros desta corporação sofreram queimaduras nos membros superiores e face, estando ainda a receber tratamento, quando combatiam o fogo na Sobreira no início de Setembro.

Dados mais recentes sobre as freguesias sob a área de intervenção dos Bombeiros Voluntários de Cete, aumentam o total de área ardida na Sobreira para os 342 hectares.

Da mesma forma, números actualizados dos Bombeiros Voluntários de Paredes mostram que arderam 80 hectares em Paredes, e 189 em Sobrosa.

“Os problemas estão na falta de prevenção estrutural, ordenamento do território e dissuasão de comportamentos negligentes” 

Em relação a 2015, houve um aumento para mais do dobro, do número de ocorrências registadas por esta corporação (de 75 para 165). Já a área ardida passou dos 23 hectares para cerca de 283 hectares. O incêndio mais grave combatido pela corporação afectou, a 10 de Agosto, as freguesias de Sobrosa, Louredo, Beire, Ferreira (Paços de Ferreira) e Nevogilde (Lousada). Segundo o comandante José Luís Morais, “os problemas existentes não estão no combate aos incêndios, mas sim na falta de prevenção estrutural, ordenamento do território e dissuasão de comportamentos negligentes”.  “A negligência no nosso país é crime”, frisa.

Considerando este ano como “atípico” em termos de ocorrências de incêndios florestais, Simão Barbosa adianta que a área ardida na área de intervenção dos Bombeiros Voluntários de Rebordosa ronda os 140 hectares. “Os principais incêndios ocorreram na cidade de Rebordosa e na freguesia de Gandra. Houve momentos de grande preocupação, pois tivemos situações em que estiveram habitações e fábricas em risco”, diz o comandante, afirmando que o número de ocorrências foi superior aos anos anteriores, exigindo muitas vezes a intervenção de outras corporações de bombeiros. Quatro bombeiros de Rebordosa ficaram feridos, sem gravidade, devido a quedas e queimaduras.

Pelo facto de a corporação de Rebordosa ter que acorrer, ao mesmo tempo, a incêndios que podem passar de urbanos a florestais, e vice-versa, Simão Barbosa diz que há a necessidade de adquirir dois veículos, um para combate a incêndios florestais e outro para urbanos.

Ao lado, em Lordelo, Pedro Alves actualiza os números, adiantando que só na freguesia de Lordelo houve 51 hectares de área ardida, com os principais incêndios a decorrerem no Lugar da Levadinha e Lugar de Cosme. O comandante dos Bombeiros Voluntários de Lordelo sustenta a ideia de que 2016 trouxe mais área ardida e mais ocorrências. Apenas um bombeiro da corporação sofreu ferimentos ligeiros no combate a incêndios.

Número de ocorrências e área ardida em Paredes
Nº Ocorrências (até 18 de Setembro)*Área Ardida até 18 de Setembro (hectares)*
Aguiar de Sousa5135,4
Baltar32124,5
Beire141,4
Cete7129,4
Cristelo91,9
Duas Igrejas60,1
Gandra3830,6
Lordelo5119,2
Louredo2437
Parada de Todeia3916,5
Paredes9754
Rebordosa50141,4
Recarei54255,6
Sobreira50301,1
Sobrosa19175,2
Vandoma92,3
Vilela255,4
TOTAL6481.234,41
*Dados cedidos pela Protecção Civil da Câmara Municipal de Paredes (contemplam o período de 1 de Janeiro a 18 de Setembro)

1.257 hectares queimados em Penafiel

Em Penafiel, os dados mais actuais sobre incêndios florestais no concelho, cedidos pela Protecção Civil da Câmara Municipal de Penafiel, mostram que em 2016 o total da área ardida rondou os 1.257 hectares, correspondendo a 10,6% da mancha florestal do concelho. Houve um total de 512 ocorrências, mas o número de incêndios florestais, ou seja, com área ardida superior a 1 hectare, foi apenas de 52 (os outros 460 foram fogachos).

A autarquia salienta que a maioria das ocorrências aconteceu na parte Norte do concelho, onde está, por isso, localizada a maior área ardida. As freguesias mais afectadas foram Penafiel, Abragão, Luzim e Vila Cova, Croca e Duas Igrejas. “A área ardida verificada em Vila Cova, Abragão e Croca deveu-se a grandes incêndios florestais provenientes do Marco de Canaveses; em Rio Mau a um incêndio proveniente de Gondomar; em Lagares a um incêndio proveniente de Paredes”, explica a Protecção Civil penafidelense. “O maior incêndio verificado na periferia da cidade, em Marecos, foi provocado por um individuo identificado por este Serviço Municipal de Protecção Civil e da qual resultou a sua detenção pela Policia Judiciária”, acrescenta a mesma fonte.

A corporação dos Bombeiros Voluntários de Entre-os-Rios enfrentou, este ano, os principais incêndios em Rio de Moinhos, Eja e Termas de São Vicente. “A área ardida é superior à do ano 2015 e o número de ocorrências também”, sustenta o comandante António Almeida. “De salientar que durante este período duas freguesias da nossa área de intervenção não registaram nenhuma ignição: Rio Mau e Sebolido. Em Rio Mau a mancha florestal que ardeu foi proveniente do grande incêndio de Melres, no concelho de Gondomar”, refere. Nenhum bombeiro ficou ferido.

Também Adelino Correia faz um balanço “mais que positivo” desta época de incêndios, com zero soldados da paz feridos. Naquela que é a maior mancha verde do concelho, os Bombeiros Voluntários de Paço de Sousa enfrentaram só dois incêndios que deixaram pequenos recortes de floresta queimados, explicou o comandante. A área ardida foi idêntica à do ano passado, acredita.

“O mês de Julho foi muito complicado com incêndios a demorar dias a resolver”, recorda por sua vez o comandante dos Bombeiros Voluntários de Penafiel. “Mas tudo correu bem, nenhuma casa habitada foi afectada e houve sustos, mas nenhum bombeiro ferido”, realça António Rodrigues. Na área de actuação dos Bombeiros de Penafiel houve mais hectares ardidos e maior número de ocorrências, confirma.

Número de ocorrências e área ardida em Penafiel*
N.º ocorrênciasÁrea ardida
Abragão18278,4
Boelhe1114,3
Bustelo102,2
Cabeça Santa1315,1
Canelas111,6
Capela107,3
Castelões60,3
Croca11121,4
Duas Igrejas24126,8
Eja713,8
Fonte Arcada224,7
Galegos423,6
Guilhufe e Urrô2413
Irivo71
Lagares e Figueira2628
Luzim e Vila Cova16128,5
Oldrões64,6
Paço de Sousa173,3
Penafiel76299,3
Perozelo117,2
Rans1225,8
Recezinhos (São Mamede)4118,6
Recezinhos (São Martinho)2348,5
Rio de Moinhos2823,3
Rio Mau156,2
Sebolido00
Termas de S. vicente239,2
Valpedre161,4
TOTAL5121.257,20
*Dados cedidos pela Protecção Civil da Câmara Municipal de Penafiel

 

Cerca de 310 hectares arderam em Valongo

Na época crítica de incêndios, os Bombeiros Voluntários de Ermesinde acorreram a uma centena de ocorrências, nas duas freguesias da sua área de influência. Segundo dados fornecidos pelo segundo comandante da corporação arderam nestes três meses aproximadamente 50 hectares de área florestal em Ermesinde e Alfena.

Emanuel Santos, em declarações ao VERDADEIRO OLHAR, referiu terem existido 56 incêndios florestais em Alfena e 37 focos em Ermesinde, tendo consumido 30 hectares em Alfena e 19 em Ermesinde. O responsável refere que o grande problema verificado prende-se com a falta de limpeza das áreas florestais. Segundo Emanuel Santos, o concelho de Valongo está “minimamente organizado” no que respeita à limpeza junto das habitações, havendo 70 por cento dos proprietários que cumpre. “Basta haver 30 por cento que não cumpre para complicar a situação”, explica, acrescentando que o pior se verifica nas áreas florestais. Emanuel Santos explica ainda que quem compra a madeira deixa o restolho nos terrenos, o que se revela uma “autêntica pólvora” em caso de incêndio. A acrescentar a estas dificuldades enfrentadas no terreno, Emanuel Santos destaca a idade dos veículos de combate a incêndios florestais.

Na também conhecida por fase Charlie, os Bombeiros Voluntários de Valongo acorreram a 86 incêndios florestais que destruíram, na totalidade 260 hectares. Segundo dados fornecidos pela corporação arderam 160 hectares na freguesia de Valongo e 100 hectares na freguesia de Campo e Sobrado.

As grandes dificuldades enfrentadas prenderam-se com a simultaneidade de ocorrências o que constituíram um obstáculo para a eficácia do combate às chamas. No início de Setembro, por exemplo, num minuto ocorreram oito ignições na freguesia de Valongo.

Número de ocorrências e área ardida em Valongo
Nº OcorrênciasÁrea Ardida
Alfena5630*
Campo e Sobrado---100**
Ermesinde3719*
Valongo---160**
TOTAL93309
*Dados cedidos pelos Bombeiros Voluntários de Ermesinde
**Dados cedidos pelos Bombeiros Voluntários de Valongo