Há empresas de mobiliário em Paredes a rejeitar encomendas por falta de mão-de-obra

Problema é transversal ao sector onde existirão cerca de cinco mil vagas por preencher. Câmara vai propor às empresas a hipótese de "trazer trabalhadores imigrantes"

1

Várias empresas de Paredes assumem estar a rejeitar encomendas por não conseguirem contratar a mão-de-obra necessária. Em causa estão empregos para marceneiros, estofadores, maquinistas e serralheiros, entre outros. O sector precisa de contratar mais cinco mil pessoas, mas não está a conseguir preencher essas vagas, adverte Gualter Morgado, director executivo da Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins (APIMA), ao Jornal de Negócios.

 A este jornal, o dono do grupo Laskasas, Celso Lascasas, que tem três fábricas em Paredes e emprega 435 pessoas diz que precisa de mais 40 pessoas, mas não encontra funcionários. “Estou a rejeitar encomendas e a prolongar os prazos para a entrega de outras”, confirma. Também António Silva, da JMS, está na mesma situação. “Tenho colocado anúncios, mas não tem havido adesão. Estou a rejeitar encomendas, preciso de contratar oito trabalhadores”, refere o homem que dá trabalho a 146 pessoas, citado pelo Negócios. A Pelcorte Estofos está a “rejeitar encomendas todos os dias”, precisando com urgência de mais 10 trabalhadores, sobretudo estofadores, admite Silvestre Carneiro, sócio-gerente.

Também ao Negócios, Gualter Morgado sustenta que “todas as empresas do sector, sem excepção, estão a necessitar de pessoal para satisfazer encomendas, mas não encontram”  e que está a ser “dramático”. O responsável da APIMA diz que o sector teria capacidade para “aumentar o seu efetivo em cerca de cinco mil trabalhadores com entrada imediata” mas “não há pessoas disponíveis”. Garante ainda que o sector, com especial expressão em Paredes e Paços de Ferreira, “paga acima da média” e que, por exemplo, dificilmente um estofador “ganha menos de dois mil euros ‘limpos’ por mês…”, lê-se.

Ao mesmo jornal, o presidente da Câmara de Paredes diz que está a acompanhar a situação de perto e adianta que vai promover um encontro com os empresários, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e a Associação de Empresas de Paredes (ASEParedes), sendo que “trazer trabalhadores imigrantes” pode ser hipótese. “Uma das medidas que vamos apresentar às empresas pode passar por trazer trabalhadores para Paredes e criar as devidas condições para os acolher, assegurando estadias e a devida integração no mercado de trabalho português”, diz Alexandre Almeida, citado naquela publicação.

1 Comentário

  1. Emigem se não estão bem! Já dizia o partido dos patrões! Que empreguem os países pobres do terceiro mundo! Existe muita mão de obra!Eu emigrei e estou bem. Obrigado Dr. Passos Coelho!

Comments are closed.