A riqueza de uma freguesia, concelho ou país, também se avalia pela qualidade e excelência das suas tradições e diferentes realizações.

Hoje em dia, mais que fazer, urge manter vivas as tradições e eventos e acima de tudo alimentar esse espírito nas gerações futuras, que, fruto da múltipla oferta de programas e iniciativas de cariz lúdico relegam algumas vezes para plano secundário essas mesmas tradições.

Estas tradições e romarias, fazem parte da idiossincrasia da população, que não só se nelas se revê, como também toma parte activa na sua concretização.

Penafiel, nesse particular é um exemplo a nível distrital, e diria mesmo nacional, sem qualquer sobranceria.

Quem conhece e visita Penafiel, fica admirado, pela dinâmica que as nossas associações apresentam, e pela disponibilidade e altruísmo da nossa comunidade em servir e criar algo que deixe valor acrescentado.

Evidentemente que, a dinâmica dos movimentos associativos, servem até para justificar alguma inércia que os diferentes poderes públicos até possam ter, e manifestamente até têm, porque confunde-se o que é organizado pela sociedade civil, do que é organizado pelo poder autárquico.

Apoiar é importante, mas mais do que isso, é preciso criar e inovar.

E nessa vertente, temos ainda um longo caminho a percorrer.

As autarquias devem premiar o mérito e excelência das suas associações e colectividades, e não só apoiar financeiramente, por muito importante que isto seja, e é!

Do meu ponto de vista, é simplista e redutor, que o papel das autarquias seja tão só atribuir subsídios sem mais.

Os agentes políticos, devem ter a arte e engenho de criar e inovar, como por exemplo estabelecendo metas bem definidas e objectivas premiando a meritocracia.

Devemos ter a ambição de ser os melhores em tudo o que fazemos, sendo que em Penafiel esta tarefa não é difícil, porque o nosso vasto movimento associativo é de excelência.

Recordo-me que nos últimos anos, têm sido várias as iniciativas que diferentes associações e colectividades têm proporcionado às nossas comunidades, mas por parte da autarquia local, tirando o Festival Literário Escritaria, não se tem conhecido iniciativas cuja autoria seja da nossa edilidade e dos seus representantes.

É certo que o Festival Literário Escritaria, vale por muitas iniciativas, sendo de aplaudir o pai desta ideia, que exerceu funções no passado recente, mas Penafiel tem que ter realizações em quantidade e com a qualidade deste Festival.

Isto potencia a marca Penafiel, aqui e além fronteiras, e numa sociedade cada vez mais competitiva e exigente, onde se assiste à própria competição nem sempre sadia entre os municípios, Penafiel deve estar sempre na linha da frente.

Mas, é uma riqueza e uma sorte imensa para qualquer concelho, ter pessoas que são o motor do nosso movimento associativo que se substituem às próprias autarquias e fazem eventos de referência regional e mesmo nacional, como o ainda recente mas já enraizado e com história Penafiel Racing Fest, diversas realizações pelas nossas freguesias, cabendo aos gestores políticos em funções apoiar, aparecer e intervir.

A prova cabal do que acabo de referir, atesta-se também pela iniciativa que ainda este fim de semana teve lugar em Irivo, o Festival do Caldo Verde, que, para muitos quando começou seria uma realização singela, e tem-se revelado um enorme sucesso, a avaliar pelas consecutivas enchentes que a mesma tem conhecido.

A ideia partiu de responsáveis da freguesia e do seu movimento associativo, que está de parabéns pela originalidade.

É por estas e por outras que Penafiel é um concelho ímpar, que, tem nas suas gentes a ambição e vontade de fazer sempre mais e melhor, e até quando os poderes públicos não fazem ou fazem apenas o indispensável, a sociedade civil substitui-se, e no final de contas, o que fica é que se faz, e FAZ-SE BEM EM PENAFIEL!!!

Porque, não me canso nem cansarei de dizer e afirmar com orgulho: PENAFIEL É PENAFIEL!!