“Este não será um mandato de rupturas, antes de continuidade”, diz Pedro Machado

Tomou hoje posse para o último mandato como presidente da Câmara de Lousada. Quer continuar o caminho de crescimento e boas contas

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Pedro Machado foi reeleito para um terceiro e último mandato com reforço da maioria e mais um vereador pelo PS, a 26 de Setembro. Tomou hoje posse como presidente da Câmara de Lousada e foi claro: “este não será um mandato de rupturas, antes de continuidade, agregando experiência e futuro, humildade e ambição, investimento e rigor, iniciativa e sustentabilidade, história e progresso, na mesma linha de coerência e gestão autárquicas que nos caracteriza e diferencia”.

Deu ainda um recado baseado nos resultados eleitorais alcançados, que mostram que a população confia que o caminho é este. “Desenganem-se aqueles que porventura possam pensar que vamos abrandar. Lousada expressou a sua opção por este projecto e pessoas confiando de forma expressiva numa equipa com experiência e futuro. Cabe a todos nós saber interpretar esses resultados com humildade, desenvolvendo um trabalho de parceria e de total articulação com os diversos agentes políticos, económicos e associativos sejam quais forem as suas orientações e opções”, frisou o autarca.

Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

Numa sessão no salão nobre, foram empossados os vereadores e eleitos da Assembleia Municipal, incluindo os presidentes de junta.

Recorde-se que, além de Pedro Machado, compõem o executivo, pelo PS, Manuel Nunes, Maria do Céu Rocha, Nélson Oliveira e António Augusto. Foram eleitos vereadores pelo PSD/CDS-PP Simão Ribeiro e Carlos Nunes.

Quer um novo centro de saúde e uma Loja do Cidadão

“As eleições traduziram uma expressiva vontade dos lousadenses na continuação de uma política de modernidade, rigor e transparência para a melhoria das condições de vida”, defendeu Pedro Machado no início do seu discurso.

Falou das dificuldades trazidas pela pandemia e garantiu que o combate à Covid-19 “não será menorizado ou esquecido”, mantendo-se as estruturas de apoio enquanto o processo vacinal durar.

Na área da saúde, e apesar da resposta do Serviço Nacional de Saúde, que mostrou “as suas debilidades crónicas e lacunas” que só foram ultrapassadas com o esforço de todos, o presidente da Câmara traçou metas. “Em Lousada as questiúnculas partidárias não toldam a visão do executivo municipal nem nunca o inibiram de alertas e exigir soluções para o futuro do concelho seja qual for o Governo. Precisamos de mais e melhores condições e urge aproveitar as oportunidades para melhoras os nossos equipamentos de saúde, tal como sucedeu com o centro de saúde de Lustosa, assim como dotar esses serviços de pessoal técnico qualificado, disponível e comprometido com o serviço público de proximidade”, referiu. Há necessidades já identificadas junto do Ministério da Saúde, “nomeadamente a construção de um centro de saúde para a zona Oeste do concelho” pela qual vão lutar, avisou.

Também são precisas melhorias noutros serviços públicos e o autarca diz que “urge uma nova realidade para os serviços locais de Finanças, Conservatória e Segurança Social” que deve passar pela criação de uma Loja do Cidadão.

Ao nível dos serviços municipais vão continuar as melhorias. “Está implementada a desmaterialização de processos em todos os serviços, dispensando a tramitação em papel, e será universalizado o acesso aos serviços online. Será ainda garantido o alargamento do horário de funcionamento com o funcionamento contínuo durante a hora de almoço”, adiantou Pedro Machado.

Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

Na área da habitação, e sendo Lousada um concelho dinâmico neste mercado, tem-se assistido a uma subida de preços, apontou. “Uma das grandes prioridades para o futuro é fomentar a construção de habitação a preço acessível”, um tema que já tem tido atenção do Governo e da Câmara, lembrou.

Já a educação, garantiu o edil, “continuará a ser um dos principais pilares do desenvolvimento do concelho”, mas a formação profissional da população também estará também no centro das prioridades. Pedro Machado destacou, por isso, a importância da Academia de Formação, cuja obra está em fase de conclusão, e da criação de um centro de formação profissional do Tâmega e Sousa do IEFP no concelho. Garantiu também que o investimento na melhoria das instalações educativas é para continuar, assim como a protecção social aos mais desfavorecidos, “com particular enfase na criação de novos equipamentos como creches, lares e estruturas para pessoas com deficiência”.

Não ficará de fora da acção deste executivo, basicamente o mesmo do mandato anterior ao qual se junta Maria do Céu Rocha, a captação de investimento, “através da construção da área empresarial de Caíde de Rei assim como pelo reforço de outras zonas empresariais” e sem descurar o tecido empresarial existente, prometeu o autarca do PS.

Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

A mobilidade, os transportes e a melhoria da rede viária também estarão no centro das preocupações deste mandato, mantendo-se o trabalho de parceria com juntas, associações e colectividades, os apoios à cultura e ao desporto e o “envolvimento comunitário na área ambiental que tão bons resultados tem dado”. E porque há uma “crescente preocupação com o bem-estar animal, estão em estudo novas soluções a par de medidas de esterilização massivas”.

O grande objectivo é, mantendo sempre os “lousadenses em primeiro lugar”, prosseguir com “um programa de crescimento e afirmação do concelho”, “cumprir os compromissos eleitorais” e continuar a ser uma Câmara “de boas contas”, sustentou Pedro Machado.

Lurdes Castro é a primeira mulher eleita presidente da Assembleia Municipal

Lurdes Castro continuará à frente dos trabalhos na Assembleia Municipal. É a primeira mulher eleita para este cargo, facto que fez questão de realçar numa curta intervenção. “Pela primeira vez em eleições autárquicas uma equipa liderada por uma mulher venceu a eleição à Assembleia Municipal”, destacou, assim com o crescimento da participação feminina na política.

A eleita do PS disse ainda que nestas eleições a expressão popular foi “inequívoca” quanto a quem governará. Falou também das mudanças trazidas pela pandemia e das decisões “rápidas e fundamentais” tomadas em Lousada. “Estamos a ganhar a luta mas não podemos esquecer as consequências económicas e sociais que teremos de enfrentar”, afirmou Lurdes Castro, lembrando desafios que se avizinham e defendendo que “a colaboração de todos” é fundamental.

Apresentou ainda os seus desejos para os próximos quatro anos de trabalho. “Espero que a Assembleia Municipal seja um espaço de debate livre, participativo e onde todos possam contribuir com ideias e propostas construtivas sempre com o respeito pelas regras estabelecidas, pois só assim é possível o bom funcionamento, obtendo um debate produtivo e dignificando este órgão deliberativo”, à semelhança do que aconteceu no último mandato. “Devemos fazer um esforço para mesmo entre opiniões divergentes saibamos respeitar e elevar o nosso discurso em prol do que realmente é importante para Lousada”, defendeu ainda.

Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar