Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

A maioria dos enfermeiros, 78 dos 83, dos hospitais de Penafiel e Amarante apresentaram escusa de responsabilidade por não terem condições para assumir a segurança dos cuidados prestados.

Segundo o que Miguel Vaconcelos, presidente do Conselho Diretivo do Norte da Ordem dos Enfermeiros, disse à Lusa, “a situação é caótica, os enfermeiros estão exaustos. Chegamos a esta situação limite”, o que se tem agudizado nos úlitmos meses, devido ao pico da gripe, e que se sente, sobretudo, na urgência do Hospital Padre Américo, em Penafiel.

Refira-se que a excusa dde responsabilidade é pedida elencando um motivo e que pode passar pela falta de recursos humanos, a escassez de equipamentos ou outros fatores que comprometam o exercício da respetiva profissão.

Miguel Vasconcelos justifica que os enfermeiros estão cansados da situação vivida naquelas unidades e lamenta que tenha sido feito para resolver os problemas que têm sido denunciados, avançando que ontem, terça-feira, cerca de 50 doentes estavam internados em macas nos corredores das urgências de Penafiel, mas esse número já foi de 90 noutros momentos.

Esta posição agora tomada foi endereçada à administração da Unidade Local de Saúde (ULS) do Tâmega e Sousa e à Entidade Reguladora da Saúde.

O Hospital Padre Américo é a principal unidade hospitalar e a única com urgência médico-cirúrgica da recém-criada ULS do Tâmega e Sousa, antes Centro Hospitalar, que integra também o Hospital de São Gonçalo, em Amarante, além dos cuidados de saúde primários. Abrange 11 municípios e uma população de quase meio milhão de habitantes.

Já no início desta semana, o presidente da Câmara de Penafiel, Antonino Sousa, manifestou abertura, junto do diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde, para uma solução que pode passar pela ampliação das instalções do Hospital Padre Américo, como forma de resolver os problemas no serviço de urgência.