Foto: Pexels/Ono Kosuki

O desemprego registado no primeiro trimestre de 2022 reforçou a tendência decrescente em todas as sub-regiões do Norte, em comparação com o mesmo período de 2021. Os dados são do Relatório Trimestral Norte Conjuntura da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).

O documento aponta que as “quedas do desemprego mais acentuadas” aconteceram nas sub-regiões do Alto Minho (-25,7%), da Área Metropolitana do Porto (-21,9%), do Cávado (-20,8%) e do Tâmega e Sousa (-20,1%).

Segundo a CCDR-N, o desemprego registado diminuiu na maioria dos concelhos do Norte (em 78 num total de 86), face ao 1.º trimestre de 2021, sendo que “os acréscimos no desemprego registado foram observados em territórios de baixa densidade, nas sub-regiões do Alto Tâmega, Douro e Terras de Trás-os-Montes”.

Infografia: Relatório Norte Conjuntura

Na sub-região do Tâmega e Sousa, o concelho de Felgueiras (-38,8%) teve a maior diminuição homóloga do desemprego registado no período em análise. O relatório destaca ainda os casos de “Penafiel (-22,4%) e Paços de Ferreira (-25,1%), concelhos importantes na base económica da sub-região” em que o desemprego também “diminuiu de forma acentuada”. No final do primeiro trimestre de 2022 a região do Tâmega e Sousa – que engloba 11 concelhos – registava 15.532 pessoas desempregadas, quando no mesmo trimestre de 2021 esse valor era de 19.443. O ano de 2021 tinha fechado com 17.761 desempregados, revelam os dados divulgados.

Já na Área Metropolitana do Porto – onde se integram Paredes e Valongo -, o concelho de Vila Nova de Gaia foi o que observou a maior redução homóloga do desemprego registado (-28,9%), a par dos concelhos da Maia (-24,6%), Matosinhos (-16,5%) e do Porto (-12,7%).

Infografia: Relatório Norte Conjuntura

“Em síntese, os territórios de maior densidade populacional e localizados na faixa litoral do Norte observaram, em regra, uma maior redução do desemprego registado do que nos territórios de menor densidade populacional num contexto marcado por um crescimento da inflação. Esta maior resiliência está associada ao maior dinamismo económico destes territórios e à maior diversidade produtiva, o que permite mitigar os efeitos negativos das crises internacionais”, justifica o documento da CCDR-N.

O mesmo relatório revela que no 1.º trimestre de 2022, a população desempregada do Norte foi de 99,2 mil pessoas, tendo apresentado uma redução de 25,2% face ao trimestre homólogo de 2021 e -17,2% em comparação com o trimestre anterior. Também neste trimestre em análise, o mercado de trabalho do Norte continuou a apresentar uma evolução positiva. “A população empregada no Norte aumentou 3,5% em relação ao mesmo período de 2021, o que representou a criação líquida de 58.500 novos postos de trabalho”, lê-se.