A Delegação de Frazão da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) está à procura de novos socorristas. As inscrições para ingressar na formação de socorrismo estão abertas, mas ainda não há número mínimo de pessoas para arrancar com o curso.

Este défice de socorristas já dura há algum tempo. A CVP Frazão tem cerca de 50 socorristas, mas são insuficientes para dar resposta às solicitações.

 

Voluntariado “em crise”

“Ajudar toca a todos” e é para continuar a ajudar que a CVP Frazão precisa de novos voluntários, seja para o socorro às vítimas de doença súbita ou acidente, seja na acção social, na Juventude Cruz Vermelha ou nas equipas de emergência.

Há muito que estão abertas as inscrições para um curso de socorrismo, mas os voluntários teimam em não aparecer e a formação ainda não arrancou por falta de número mínimo de inscritos. “O voluntariado está em crise”, diz Jorge Rocha. O responsável pela formação da CVP Frazão recorda que, quando ele fez o curso de socorrismo, em 2005, o curso tinha cerca de 30 voluntários.

Actualmente, a CVP Frazão conta com cerca de 50 socorristas, mas o número é insuficiente para constituir as equipas necessárias a manter o nível adequado de socorro durante 24 horas, sete dias por semana. “Durante o dia temos duas ambulâncias na rua para socorro. Há noite já não conseguimos fazer isso”, dá como exemplo Jorge Rocha. “Já recusamos serviços por não termos pessoas”, conta o voluntário.

Para este défice de socorristas contribui a emigração e o facto de os jovens irem estudar para fora do concelho e abandonarem o voluntariado.

Para fazer esta formação da Delegação de Frazão da Cruz Vermelha Portuguesa basta ter 18 anos, a escolaridade mínima obrigatória, espirito de voluntariado e disponibilidade. A inscrição pode ser feita no site da CVP (http://www.cvp-frazao.com/) ou nas instalações da instituição, na Rua da Agra, em Frazão, Paços de Ferreira. Os interessados podem obter mais informações através do 255 860 980 ou 910 079 266.

A Delegação de Frazão da Cruz Vermelha Portuguesa foi criada em Outubro de 1993, em instalações provisórias, com 12 socorristas e uma viatura. “A delegação começou desde logo a prestar apoio 24 horas por dia, tendo nascido para combater o elevado índice de sinistralidade da altura e para ajudar a combater as carências em termos de socorro e apoio social”, lê-se no site da CVP. Além de cerca de 50 operacionais, a instituição conta com três psicólogos, um assistente social e cerca de duas dezenas de jovens da Juventude Cruz Vermelha.