Depois de ter lançado, hoje, mais um apelo ao encerramento das empresas que produzem ou comercializam bens ou serviços não essenciais no concelho, o presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, adiantou que recebeu informação do Governo dando nota de que “através de nova legislação, empresas que não cumpram com regras da Direcção-Geral de Saúde e não garantam protecção aos seus trabalhadores através de equipamentos de protecção individual e afastamento no local de trabalho serão fiscalizadas e encerradas coercivamente!”. “A fiscalização começará em breve!”, garante ainda Humberto de Brito.

O autarca tinha criticado, na sua página da rede social Facebook, logo depois de ter sido confirmada a primeira morte por COVID-19 no concelho, a situação vivida nas empresas. “É absurdo ver tanta gente amontoada e tanta irresponsabilidade. Pessoas a trabalhar sem o mínimo de condições de segurança”, afirmava. “Caso venham a verificar-se surtos de pandemia nas empresas quero saber se os empresários vão assumir as despesas com a saúde e eventual morte dos seus trabalhadores e ou familiares. Estamos a brincar com a vida dos outros e de nós todos. Isto não é a brincar! Sejam responsáveis! O dinheiro não é tudo na vida!!! A vida primeiro”, sustentava ainda na mesma publicação.

Humberto Brito afirmou ainda que falou ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, destas preocupações. “Acredito que neste momento particular os esforços de todos serão úteis para evitar a propagação da doença numa região industrializada, onde a disseminação do vírus é mais fácil”, referia. “Pediu-me o senhor Presidente da República para transmitir a todos um abraço solidário, de modo especial à família enlutada da primeira vítima no concelho com o COVID-19”, acrescentava ainda.