Foto: I.R.M./Verdadeiro Olhar

A Casa do Povo de Ermesinde comemorou, este sábado, o 75º aniversário, continuando a cumprir, desde a década de 80, uma missão na área da acção social, direccionada essencialmente para a população sénior. A missão irá manter-se mas a direcção desta Instituição Particular de Solidariedade Social quer abraçar também a vertente cultural. O grande projecto continua a ser o alargamento da cozinha da instituição.

Foto: I.R.M./Verdadeiro Olhar

Jerónimo Pereira é o novo presidente da direcção da Casa do Povo de Ermesinde, sucedendo a António Vasques, recentemente falecido e cuja obra e projecto, garante, será prosseguido. Desde 1988 que a IPSS iniciou a cooperação com a Segurança Social que permitiu, em 1998, avançar com as valências de Centro de Dia, actualmente com 50 utentes, e com o Serviço de Apoio Domiciliário para 35 utentes. A procura para ambos os serviços é muita e a lista de espera chega a uma centena no caso do Apoio Domiciliário. No entanto, a Casa do Povo não pode aumentar o número de utentes, uma vez que estão no limite contratualizado com a Segurança Social que, em tempos, explica Isabel Sousa, directora técnica da instituição, disse que poderiam aumentar o número de utentes do SAD se a cozinha fosse aumentada. O projecto existe e já foi candidatado ao POPH (Programa Operacional Potencial Humano) mas não foi contemplado. Jerónimo Pereira não perde a esperança, garantindo haver fundo de maneio para uma comparticipação do projecto caso haja investimento externo. Para ampliar a cozinha seriam necessários pelo menos 50 mil euros. Paralelamente, o acordo para alargamento de serviços está a ser negociado com a Segurança Social.

Aumentar receita para colmatar necessidades

Uma das prioridades actuais passa pelo aumento da receita, de forma a colmatar necessidades prementes da Casa do Povo, como a substituição de uma das carrinhas utilizadas no Serviço de Apoio Domiciliário que está “obsoleta” e passa mais tempo em reparações, bem como a compra de material informático, e não menos importante na renovação das instalações. E para gerar mais receitas, a direcção da Casa do Povo decidiu avançar para uma campanha de angariação de associados, uma vez que actualmente tem apenas 150. A cota mensal mínima, explica Jerónimo Pereira, é de apenas um euros. Para além da campanha de novos associados, a direcção vai tentar rentabilizar o salão existente junto à zona de refeições da Casa do Povo que poderá ser alugado pela comunidade em geral, fora dos horários de funcionamento das valências, incluindo fim-de-semana.

Na cerimónia de aniversário, conta Jerónimo Pereira, surgiu uma boa notícia da parte da Câmara Municipal de Valongo e que permitirá aumentar as receitas mensais da IPSS, com o aluguer do espaço que até à pouco tempo era usado pela Segurança Social e é propriedade da Casa do Povo. Segundo Jerónimo Pereira, o presidente da autarquia disse que o espaço seria alugado para aí dinamizar as actividades do Programa de Acção Sénior (PAS) da autarquia.