A Associação Jornada Principal, que luta pelo encerramento do aterro de resíduos não industriais da Recivalongo, em Sobrado, há mais de um ano, agendou, para este sábado, um protesto com buzinão e marcha lenta.

Em causa está a crescente deposição de amianto num equipamento “sem condições para o receber e sem célula independente”, como pede a lei, lembra a presidente Marisol Marques. “Estão ali a enterrá-lo a 300 metros de uma escola e isso preocupa a população. São muitas toneladas que têm chegado ao aterro. A própria população envia-nos fotografias que mostram que nem sempre vem bem acondicionado e os camiões atravessam a localidade”, explica.

Além disso, salienta a dirigente, no início do mês o ministro do Ambiente prometeu a divulgação dos resultados da inspecção urgente realizada àquele aterro, o que não aconteceu até agora.

“Fala-se muito do aterro, mas medidas concretas para salvaguardar o ambiente e a saúde da população são zero”, lamenta Marisol Marques.

A Associação também está preocupada com a questão das picadas frequentes de insectos que provocam reacções “que não são normais” nas pessoas de Sobrado. Um dossiê com informação já foi entregue à autoridade de saúde local e encaminhado para o Ministério da Saúde para apelar a medidas adianta a responsável pela Jornada Principal.

A associação tinha pensado em vigílias, mas resolveu avançar com um buzinão porque permite manter o distanciamento entre as pessoas, respeitando as normas da pandemia.

O ponto de encontro está agendado para o Largo do Passal, em Sobrado, às 9h200. O cortejo sairá depois em marcha lenta em direcção ao centro de Valongo, daí segue para Alfena e termina no aterro da Recivalongo.

Recorde-se que a Câmara de Valongo também já veio a público exigir ao Governo a proibição imediata de amianto neste aterro.