Bloco questiona Governo sobre despedimento colectivo em Lousada

Empresa de Boim terá despedido 35 trabalhadores e não pagou salários, diz partido

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Uma empresa de Lousada, sediada em Boim, a Confecção Melo Santos, terá avançado com o despedimento colectivo de 35 trabalhadores alegando falta de encomendas. Em falta estarão os salários de Março e Abril, relata o Bloco de Esquerda, cujos deputados pediram esclarecimentos ao Governo.

Em pergunta enviada ao Ministério do Trabalho, o partido quer saber “que medidas pretende o Governo adoptar com carácter de urgência para que rapidamente estes trabalhadores tenham acesso ao subsídio de desemprego ou outras medidas de protecção social consentâneas com a situação descrita e se está acompanhar a situação dos trabalhadores nesta fase de dificuldade acrescida devido à pandemia”.

O deputado José Soeiro pergunta ainda se existem dívidas da empresa à Segurança Social e/ou às Finanças.

“É imperioso garantir que as contribuições para a Segurança Social e Finanças destes trabalhadores e trabalhadoras são pagas, sobretudo neste contexto de especial fragilidade e insegurança. Por outro lado, é necessário garantir que os seus direitos são assegurados, nomeadamente no que respeita ao pagamento de eventuais salários em atraso e ao acesso imediato ao subsídio de desemprego”, apela o partido em comunicado.

O Bloco questiona ainda o Ministério sobre se está “disponível para analisar com a empresa, no quadro dos apoios extraordinários às empresas concedidos no contexto da pandemia, uma solução que permita a viabilização da empresa e a manutenção dos postos de trabalho”.

 

O Verdadeiro Olhar tentou contactar a empresa, sem sucesso. A Câmara de Lousada confirma o encerramento e diz ter contactado todos os trabalhadores. Alguns estão já a receber apoio social do município.