Fotografia: Teresa Silva

A atleta Teresa Silva, residente em Sobrado, Valongo, sagrou-se pela 8.ª vez consecutiva Campeã Nacional sénior -55kg de Karaté, em competição disputada no Porto.

A juntar a este título, a atleta valonguense, já no último sábado, arrecadou também o 1.º lugar em kumite sénior – 68kg e um 3.º lugar em equipa, no campeonato LPKG (campeonato nacional de estilo Goju-ryu), que se realizou em Oeiras.

Ao Verdadeiro Olhar, a atleta revelou que vencer o nacional era um dos principais objectivos da época.

“Conquistar o 8.º título nacional consecutivo era muito importante para mim. Não sabia se ia conseguir ou não, até porque nada é garantido mas trabalhei para isso e felizmente correu bem!”, disse, salientando que para conseguir este feito teve de se empenhar e trabalhar afincadamente.

“Foi fruto de muito trabalho, foi o 2.º título nacional no escalão máximo, sénior, por isso teve um sabor especial”, avançou, salientando que manter este nível não é de todo fácil, sendo necessário conciliar os estudos com os treinos.

“Conciliar o estudo com os treinos não é fácil. Saio de casa cedo e chego muito tarde, não é fácil gerir tudo. Eu diria que essa é a maior dificuldade – manter uma boa gestão do meu tempo”, sustentou.

Fotografia: Teresa Silva

Falando da prova, Teresa Silva referiu que sempre acreditou que era possível vencer o nacional.

“Acreditei desde o início, mal entrei na sala de aquecimento acreditei que era capaz. Essa confiança foi crescendo ao longo dos combates”, atalhou, sublinhando que as suas próximas metas passam por vencer as provas que se avizinham e obter o 1.º lugar no Europeu de Goju-ryu que se vai realizar em Setembro, na Bélgica.

“Foi realmente muito importante para mim e espero conseguir manter este título. Sempre recebi muito apoio da minha família, dos meus amigos (dentro e fora do clube) e do meu treinador, foi um momento de grande felicidade para todos”, expressou.

Questionada sobre se este título pode projectar o concelho de Valongo, a campeã nacional lamentou a falta de apoio que teve da autarquia local.

“Eu pretendia que isso acontecesse, no entanto, foi-me negado qualquer apoio por parte da Câmara Municipal. Pretendia elevar o nome de Valongo como atleta individual, mas não me foi dado apoio (o que tal não aconteceu enquanto eu vivi na Maia – a Câmara Municipal da Maia apoiava o meu percurso)”, avançou.

Quanto ao número de praticantes, a atleta assumiu que o Karaté é uma modalidade em crescendo e manifestou o desejo de que continue a crescer e que mais pessoas tenham vontade de praticar.