O Ministério Público (MP) acusou cinco arguidos de roubos violentos a comerciantes de ouro, em Penafiel, Gondomar e Póvoa de Varzim.

De acordo com a Procuradoria-Geral Regional do Porto, “os factos indiciados pelo Ministério Público reportam-se a assaltos a comerciantes de ouro, em momentos em que estes se deslocavam com quantidades relevantes desse metal precioso ou com grandes quantias de dinheiro”.

Em causa estão crimes de roubo agravado, homicídio qualificado na forma tentada e de detenção de arma proibida, entre outros.

Um dos assaltos aconteceu a 26 de Maio de 2017, ao início da tarde (14h30), no centro de Penafiel e envolveu troca de tiros, com uma arma de guerra.

“Dois arguidos e um outro indivíduo não identificado, dos quais um portava uma pistola de calibre 9 mm e outro uma metralhadora Kalashnikov de calibre 5,45 mm, abordaram um ofendido que saía de um balcão bancário portando consigo 120 mil euros que acabara de ali levantar”, descreve o MP. “Com a ameaça das ditas armas procuraram tirar-lhe tal quantia, só não o logrando porque um agente da PSP se apercebeu do sucedido e acorreu, efectuando um disparo para o ar”, explica a mesma fonte.

Os arguidos, homens encapuzados, “ripostaram disparando na direcção do referido agente”, residente em Penafiel e que estava a sair da Loja do Cidadão, e também do seu filho menor, que o acompanhava.  

Os assaltantes, agora acusados, conseguiram fugir com “uma mala contendo um computador e de uma outra com 121 mil euros em dinheiro, que se encontravam no veículo automóvel em que o ofendido se deslocava”.

“O Ministério Público indiciou ainda que um outro arguido, comerciante de ouro e de outros metais preciosos, e possuindo, por tal motivo, amplos conhecimentos dos meandros e rotinas desse comércio, decidiu apoderar-se, em conluio com outros arguidos, de ouro e outros bens e quantias monetárias pertença de fornecedores com os quais lidava”, lê-se. Nesse sentido, organizou um encontro com um fornecedor que resultou num assalto, em Gondomar, “no qual dois outros arguidos o abordaram e lhe tiraram, mediante ameaça de armas de fogo, cinco quilogramas de ouro, no valor de 153.560 euros”. Noutro caso, “sabendo das rotinas que um outro fornecedor iria seguir no dia em que consigo se encontrou e da quantidade de ouro que transportava, organizou um outro assalto, sucedido a 15 de Abril de 2018, pelas 3h00, na Póvoa de Varzim, no qual um outro arguido e dois indivíduos não identificados, abordaram tal fornecedor e, exibindo uma arma de fogo, forçaram-no à entrega da chave do veículo automóvel em que se deslocava, de que se apoderaram, bem como o que nele se encontrava, nomeadamente, entre o mais, 2,3 quilogramas de ouro, no valor de 75.000 euros”, acrescenta a acusação, divulgada pela Procuradoria-Geral Regional do Porto.