Foto: Biscoitos Paupério (DR)

A fábrica de biscoitos Paupério, em Valongo, emitiu hoje, quarta-feira, um comunicado com o objetivo de “repor a verdade histórica e esclarecer equívocos recentes” por “declarações” relacionadas com “a história da fábrica” contadas por Francisco Paupério, cabeça de lista do Livre às eleições europeias.

Foi no podcast ‘Bom Partido’, de Guilherme Geirinhas, que Francisco Paupério disse que a sua “família fundou a empresa Paupério há muito tempo”, mas que, neste momento, não está “relacionada com a empresa”, porque foi “vendida há muito tempo”.

Na mesma conversa, admitiu que existiam “muitas histórias na família”, revelando não saber a certa. “Já me falaram em dívidas de jogo e que venderam a fábrica para compensar e já me falaram que já não queriam saber da fábrica e a venderam” apenas “com a condição de manter o nome da fábrica Paupério”, disse.

Neste contexto, e com o intuito de “repor a verdade”, a Fábrica de Bolachas Paupério já dizer que “é fundamental separar factos de especulações”.

Na nota de imprensa, lê-se que a unidade “foi fundada há 150 anos, em 20 de abril de 1874, através da sociedade Paupério & Companhia, estabelecida por António de Sousa Malta Paupério e Joaquim Carlos Figueira, dois empreendedores visionários que se conheceram no Brasil. Esses dois sócios, oriundos de Valongo e Porto, respetivamente, geriram a empresa de forma conjunta”.

Em 1907, aquando o falecimento de António Paupério e por não existirem herdeiros diretos (e não por dívidas de jogo como refere o político), os restantes herdeiros optaram por vender as suas quotas ao sócio Joaquim Figueira, incluindo o direito de continuar a utilizar o nome Paupério”, esclarece ainda a empresa.

Desde essa altura, a sociedade passou a designar-se Paupério & Companhia Sucessores, permanecendo na posse exclusiva da família Figueira” que “tem continuado o legado de excelência e tradição da marca Paupério”, refere ainda o comunicado.

A terminar, a Paupério reconhece a “diversidade de famílias com o nome Paupério, em Valongo, mas nem todas têm ligação direta com a fundação da fábrica. Assim como o nome Maria é comum, nem todas as Marias pertencem à mesma linhagem familiar”.