Recentemente, foi aprovado o relatório e contas de 2018 do município de Valongo. O documento que apresenta resultados financeiros positivos, de que são exemplo a
redução da dívida e o pagamento a fornecedores a muito curto prazo, revela também o
enorme aumento da receita fiscal municipal

De facto, nem tudo são rosas nas contas apresentadas. Entre 2013 e 2018, o
PS/Valongo foi responsável pelo maior aumento da carga fiscal a que alguma vez os
munícipes deste concelho foram sujeitos. De forma vaidosa e egocêntrica, o atual
presidente da câmara chama a si uma suposta boa gestão, mas que mais não fez do
que aumentar os impostos e as taxas municipais para valores nunca antes vistos. Além
disso, é incompreensível falar dos resultados alcançados como se fossem seus e
ignorar aqueles que verdadeiramente conseguiram estes feitos: os Valonguenses que
moram e pagam aqui os seus impostos.

Na imagem anexa a este artigo, podemos observar a evolução da receita fiscal
coletada nos últimos anos. Entre 2013 e 2018 a carga fiscal aumentou em Valongo
cerca de 40%. Para que conste, para o mesmo período, a taxa de inflação acumulada
ficou-se pelos 3,5%. É caso para dizer que governar assim não custa!

O Presidente da Câmara diz, numa nota de imprensa, que mantemos um quadro fiscal
dos mais baixos da Área Metropolitana do Porto. É verdade, como também é verdade
que em 2013 esse quadro era 40% mais baixo, como também é verdade que esse
quadro ficará bem pior, este ano, quando incorporarmos nas contas municipais a
contribuição de 0,1764€/m3 de água vendida no nosso concelho que nada mais é do
que um disfarçado imposto.

Números são número e factos são factos. Se atual maioria que governa a câmara de
Valongo tivesse uma boa gestão, atingiria os mesmos resultados sem esmagar os
contribuintes. Se a atual maioria que governa Valongo tivesse uma boa gestão não
usava e abusava dos ajustes diretos próximos dos 75000€ e defenderia os concursos
públicos; se atual maioria tivesse uma boa gestão não gastava dinheiro só com as
festas e páginas de jornais e investia na formação cultural dos seus munícipes; se a
atual maioria tivesse uma boa gestão perdia menos tempo com as fotos das
passadeiras no Facebook, com as cerimónias e as inaugurações para “inglês ver” e
decididamente disponibilizaria mais tempo para trabalhar e ouvir os munícipes.